Em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira (13), o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, também explicou que a condutora assumiu o risco a partir do momento em que ingeriu bebida alcoólica. O g1 procurou a defesa dela. Rodrigo Rolli, delegado responsável pelo caso, em Juiz de Fora
Gabriel Landim/TV Integração
Marinne Oliveira, a motorista de 36 anos que causou um acidente que deixou uma criança morta e outra gravemente ferida na Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora, no dia 13 de outubro, foi indiciada pela Polícia Civil por três crimes. São eles:
Homicídio qualificado por dolo eventual: quando se assume o risco de matar, mesmo sem a intenção, pela morte do menino Ângelo Gabriel, de 2 anos.
Lesão corporal grave: Helloizy Vitória Rodrigues de Mendonça, irmã da vítima fatal, de 9 anos, que ficou em estado grave e permanece internada.
Lesão corporal: devido às outras quatro pessoas feridas na batida.
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Em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira (13), o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, também explicou que a condutora assumiu o risco do acidente a partir do momento em que ingeriu bebida alcoólica.
“Testemunhas que estavam no churrasco comprovaram que ela ficou por cerca de nove horas dentro do evento, o qual, a todo momento, era regado a cerveja”, disse.
Em nota, a defesa de Marinne Oliveira disse que não vai se posicionar no momento. Ela segue solta e vai responder aos crimes em liberdade.
Investigações
Câmeras registram motorista em alta velocidade antes de acidente na Serra do Bandeirantes
Segundo a polícia, pouco tempo após a saída dela da festa, a PM recebeu uma ligação via 190 de um motorista que a flagrou dirigindo em alta velocidade.
“O homem que ligou foi ultrapassado pela investigada e ele, a todo momento, fala justamente dessa forma de dirigir dela, ressaltando que ela poderia causar uma tragédia pela forma como conduzia o veículo naquele momento”, complementou Rolli.
Ainda conforme o delegado, os investigadores buscaram imagens de câmeras de monitoramento do trajeto feito por Marinne depois de deixar o churrasco. Várias mostram ela dirigindo perigosamente. (Veja o vídeo acima).
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“Imagens da UFJF indicam que ela passou em um quebra-molas de forma muito avassaladora, além de ter uma condução não retilínea”, completou.
Em determinados pontos, por exemplo, Marinne foi flagrada dirigindo a 73,74 km/h e até a 78 km/h, ou seja, o dobro da velocidade permitida para o local.
Acidente na Serra do Bandeirantes deixou uma criança morta em Juiz de Fora
Polícia Civil/Divulgação
O acidente
A batida entre os dois carros aconteceu na noite do dia 13 de outubro, na Rua Paracatu, na Serra do Bairro Bandeirantes.
Para os policiais, a motorista contou que subia a via e não viu nada antes do acidente, apenas o airbag explodindo. Ela estava sozinha no carro.
O outro automóvel era ocupado pelo motorista de aplicativo, de 36 anos, um casal, de 27 e 28 anos, e três crianças, de 2, 6 e 9 anos. A família voltava da igreja.
Ângelo Gabriel, de 2 anos, chegou a ficar internado três dias na UTI infantil da Santa Casa, mas morreu. A irmã dele também deu entrada em estado grave na unidade, onde segue hospitalizada.
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