20 de setembro de 2024

Exército de Israel deixa o maior hospital de Gaza depois de duas semanas de ações militares

O diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, disse que 21 pacientes morreram durante essa ação militar. Israel retira tropas do maior hospital de Gaza depois de 2 semanas
O Exército de Israel se retirou do maior hospital da Faixa de Gaza depois de duas semanas de ações militares.
Imagens divulgadas pela Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira (1º) mostram a destruição do complexo hospitalar de Al-Shifa. Palestinos foram ver de perto o que restou e encontraram leitos e macas abandonados.
Segundo as Forças Armadas israelenses, a operação matou cerca de 200 homens do Hamas e da Jihad Islâmica. Entre os detidos, de acordo com o Exército, 500 eram terroristas.
O Exército de Israel acusou o Hamas de usar o hospital como centro de comando. O Hamas nega. Os militares afirmaram ainda que os terroristas acionaram explosivos e queimaram os prédios durante os confrontos.
O porta-voz do governo disse que a ação militar foi precisa cirúrgica e um modelo de guerra urbana. O governo de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, acusou o Exército israelense de matar 400 palestinos, incluindo médicos. As Forças Armadas de Israel negam.
A operação foi a segunda incursão de Israel ao hospital. A primeira tinha sido em novembro de 2023. O diretor da Organização Mundial da Saúde disse que 21 pacientes morreram durante essa nova ação militar.
Em Jerusalém, pelo terceiro dia seguido, multidões de israelenses foram às ruas protestar contra o primeiro ministro Benjamin Netanyahu. Um grupo está acampado na frente do Parlamento desde domingo (31). Os protestos pedem eleições antecipadas e um acordo pela libertação dos reféns em poder do Hamas.
Nesta segunda-feira (1°), os parlamentares israelenses aprovaram uma lei que permite ao governo fechar redes de televisão estrangeiras consideradas uma ameaça à segurança nacional.
Mais cedo, Benjamin Netanyahu disse que ia tomar medidas imediatas para fechar a rede Al Jazeera assim que a lei fosse aprovada. Financiada parcialmente pelo governo do Catar, que abriga lideranças do Hamas, a emissora é uma das poucas em todo mundo com equipes de reportagem na Faixa de Gaza. O governo dos Estados Unidos afirmou que a tentativa de fechar o canal é preocupante.
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