Segundo a Polícia Civil, David Alessandro da Silva agiu sozinho no momento em que atirou contra carro e atingiu o passageiro Everton Gabriel da Silva, de 20 anos. David Alessandro da Silva é suspeito de matar jovem de 20 anos em suposta briga no trânsito em Ribeirão Preto, SP
Divulgação
A Justiça decretou nesta quarta-feira (13) a prisão preventiva de David Alessandro da Silva pela morte de um jovem de 20 anos durante uma briga de trânsito em Ribeirão Preto (SP). Segundo o delegado Rodolfo Latif Sebba, que chefia a investigação, não restam dúvidas de que David agiu sozinho no crime.
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Ao representar pela prisão preventiva, Sebba alegou que David é apontado por testemunhas e foi reconhecido pela vítima sobrevivente como o autor dos disparos que resultaram na morte de Everton Gabriel da Silva na segunda-feira (11).
“A forma como o crime foi cometido — um disparo em via pública — evidencia o desprezo pela segurança coletiva e expõe um risco concreto à ordem pública, uma vez que a liberdade do indiciado pode representar ameaça à paz social”, afirmou.
Everton foi baleado enquanto estava no banco de trás do carro de um motorista autônomo. Ele chegou a ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, mas não resistiu ao ferimento.
Em depoimento à polícia, David negou participação no crime e chegou a apontar a participação de outro homem, que teria estado com ele em um baile funk antes do crime. O delegado, no entanto, já descartou a participação de um segundo suspeito por causa dos depoimentos tomados até o momento.
“Temos essa certeza pelo depoimento do motorista do carro que esteve aqui e ouvimos ele mais de uma vez, ele está colaborando bastante com a investigação. A gente tem o reconhecimento dele, sem sombra de dúvidas, de que o autor dos fatos foi essa pessoa e ele agiu sozinho.”
Prisão um dia após o crime
David foi preso pela Polícia Militar na tarde de terça-feira (12) em uma casa no bairro Quintino Facci II, na zona Norte da cidade. Os policiais chegaram ao endereço após denúncias e encontraram o suspeito escondido no sótão do imóvel.
Um Polo prata descrito por testemunhas como sendo o usado no crime foi apreendido na casa. A polícia também recolheu uma espingarda de pressão e um telefone celular. A arma do disparo, no entanto, de calibre nove milímetros, não foi encontrada pelos agentes.
O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira na Rua Porto Seguro, no bairro Ipiranga. Imagens de câmeras de segurança mostram quando um carro de cor mais clara apareceu atrás do carro em que Everton estava. Os dois veículos seguiram lado a lado por alguns metros.
À polícia, o condutor Orlando Mateus de Lima Junior contou que é motorista autônomo e que Everton embarcou na Avenida Brasil, no Jardim Aeroporto, para uma corrida até o Ipiranga.
Em depoimento, Orlando disse que ultrapassou o condutor de um Polo prata em baixa velocidade pela Avenida Thomaz Alberto Whatelly, porque ficou com medo em razão da hora avançada. Quando já estava próximo ao bairro Ipiranga, Orlando percebeu que estava sendo seguido pelo motorista.
O homem emparelhou com o carro dele para tirar satisfação sobre o que teria dito durante a ultrapassagem, mas Orlando respondeu que não falou nada. Em seguida, o condutor mandou Orlando acelerar, ao que ele obedeceu. Houve um barulho forte do vidro de trás quebrando e o motorista relatou que ouviu os gritos de Everton dizendo que tinha sido atingido por um tiro.
Everton não resistiu aos ferimentos. O corpo dele só foi reconhecido na noite de segunda-feira, quando a mãe esteve na UPA Oeste. Ao dar entrada na unidade, ele estava sem documentos. O rapaz saía do trabalho e estava a caminho de casa.
O delegado Rodolfo Latif Sebba espera encerrar o inquérito do homicídio em dez dias.
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