Sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, futuro secretário abandou disputa à Casa Branca para apoiar Donald Trump. Robert F. Kennedy Jr.
Thomas Machowicz/Reuters
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu Robert F. Kennedy Jr. como futuro secretário de Saúde e Serviços Humanos. O anúncio foi feito em uma rede social na tarde desta quinta-feira (14).
Kennedy Jr. é filho do senador assassinado Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy — que também foi morto enquanto estava no cargo, na década de 1960. Advogado, ele tem 70 anos de idade.
O futuro secretário é conhecido por ter se engajado na campanha antivacinação durante a pandemia de Covid-19 e por espalhar teorias da conspiração. Ele também é sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, que governou os Estados Unidos entre 1961 e 1963, até ser assassinado.
Neste ano, Kennedy Jr. se lançou como candidato independente na disputa à Casa Branca. No entanto, ele desistiu da campanha e anunciou apoio a Donald Trump faltando menos de dois meses para as eleições.
Na reta final da campanha e no discurso da vitória, Trump sugeriu que Kennedy Jr. poderia ter um cargo de relevância na Saúde. Ele também se disse aberto às ideias mais controversas do ex-candidato, como a remoção do flúor da água potável e a proibição de algumas vacinas.
Nesta quinta-feira, o presidente eleito afirmou que o futuro secretário irá trabalhar para restaurar as agências de pesquisa dos Estados Unidos.
“A Secretaria de Saúde desempenhará um grande papel em ajudar a garantir que todos sejam protegidos de produtos químicos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e aditivos alimentares que contribuíram para a esmagadora crise de saúde neste país”, afirmou.
Ainda segundo Trump, por anos os americanos foram “esmagados pelo complexo industrial de alimentos e empresas farmacêuticas” que se envolveram em desinformação em saúde pública.
O presidente eleito disse que Kennedy Jr. será responsável por dar transparência às pesquisas científicas e acabará com a “epidemia de doenças crônicas” nos Estados Unidos.
*A reportagem está sendo atualizada.