16 de novembro de 2024

Donald Trump nomeia Doug Burgum, ligado à indústria do petróleo, para pasta que administra recursos naturais


O presidente Joe Biden limitou a perfuração para extração de petróleo e gás em terras federais. A exploração destes terrenos correspondem a 22% das emissões de gases do efeito estufa nos EUA. Trump indica político ligado ao petróleo para pasta dos recursos naturais
“Perfure, baby, perfure”
Donald Trump e seus apoiadores entoaram esse mantra por meses durante a campanha.
O presidente eleito prometeu aumentar a perfuração de petróleo e gás natural no primeiro dia de governo. Ele acredita que isso vai reduzir o preço da energia para os americanos.
Para ficar à frente da missão, ele indicou o governador da Dakota do Norte, estado rico em combustíveis fósseis. Se aprovado pelo Senado, de maioria republicana, como secretário do Interior, Doug Burgum vai supervisionar a administração de três quartos das terras e águas públicas dos Estados Unidos.
O Departamento do Interior é responsável por arrendar os terrenos federais para produção de energia fóssil – vinda de petróleo, gás natural e carvão – e energia limpa, como solar e eólica. Também é encarregado de supervisionar os parques nacionais, proteger espécies ameaçadas e coletar dados científicos sobre os efeitos das mudanças climáticas.
Burgum defende a exploração de combustíveis fósseis para que os Estados Unidos não dependam da produção de outros países. Quando foi pré-candidato à Casa Branca, declarou que no primeiro dia de trabalho começaria a vender energia para aliados americanos. E que pararia de comprar dos adversários.
Se aprovado pelo Senado, Doug Burgum vai supervisionar a administração de três quartos das terras e águas públicas dos EUA
Reprodução/TV Globo
Depois de abandonar a campanha, Burgum se tornou um apoiador fiel de Donald Trump. Atuou como articulador entre a campanha e a indústria do petróleo, com a qual tem relações antigas.
O presidente Joe Biden limitou a perfuração para extração de petróleo e gás em terras federais. A exploração destes terrenos correspondem a 22% das emissões de gases do efeito estufa nos EUA.

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