20 de setembro de 2024

Silêncio do réu x provas: entenda as evidências que levaram à condenação do homem que matou a ex-mulher com 32 facadas em Maceió

Arnóbio Cavalcante foi condenado a 37 anos e dois meses de prisão pela morte de Joana Mendes. Apesar de ter confessado o crime quando foi preso, em 2016, Cavalcante se negou a falar durante o julgamento. Arnóbio matou Joana Mendes com 32 facadas
Arquivo pessoal
Silêncio total. Arnóbio Cavalcante, que matou a ex-esposa a facadas em Maceió e confessou o crime, fez o uso do silêncio durante julgamento nesta segunda-feira (1º). Por outro lado, provas técnicas periciais apresentadas pela promotoria ganharam protagonismo e ajudaram na condenação do réu a 37 anos e 2 meses de prisão.
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Joana Mendes foi morta com 32 facadas em outubro de 2016. O ex-marido foi preso um dia após o crime no Litoral Sul de Alagoas e confessou ter matado a ex-mulher. No julgamento desta quarta, no entanto, ele se negou a responder as perguntas do juiz e da promotoria.
Para ligar a autoria do crime ao réu, foram apresentados quatro laudos periciais, que foram anexados ao processo:
laudo cadavérico
laudo do local do crime
laudos de confronto genético
laudo papiloscópico
A faca usada no crime passou por análise no Laboratório Forense do Instituto de Criminalística e foi comprovada a presença de sangue de Joana na faca.
Segundo os peritos, Joana agonizou por 15 minutos antes de morrer. O corpo dela foi encontrado dentro de um carro abandonado no Conjunto Santo Eduardo.
“Ele deu 32 facadas na minha irmã, ela não teve chance de defesa. Depois ele abandonou ela sozinha e ela sangrou até a morte. Que ele pague pelo mal que fez com a minha irmã e contra a minha família”, afirma Julia Mendes.
Arnóbio Cavalcante vai responder ao crime em regime fechado, mas cabe recurso da decisão.
Processo de divórcio e brigas constantes
Arnóbio Cavalcante permaneceu em silêncio durante todo o julgamento
Ascom/MP
Várias testemunhas foram ouvidas ao longo do processo e afirmaram que o réu era violento. O casal estava em processo de divórcio e ele não aceitava o fim do relacionamento. Consta nos autos que o acusado marcou um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor.
“A relação entre eles sempre foi abusiva. Era ela violento, ele conseguiu tirar a minha irmã do convívio social, dos amigos, da atividade física e do seio familiar. Até hoje sofremos com essa perda”, disse Julia.
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O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Rotter na segunda (1º), e a sentença foi lida na madrugada desta terça-feira (2). O julgamento foi adiado duas vezes em datas anteriores. A promotoria chegou a citar fraude processual, alegando que Arnóbio incluiu um laudo psiquiátrico falso.
Acusado de matar a ex-mulher com 32 facadas em Maceió é condenado a 37 anos de prisão
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