William Pereira da Silva, de 48 anos, foi baleado por criminosos, perdeu o controle do veículo e morreu. Motorista morto por milicianos
A Polícia Civil investiga se um corpo encontrado carbonizado é do motorista de aplicativo William Pereira da Silva, de 48 anos, morto por criminosos no sábado (16), na Favela da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Neste domingo (17), a polícia encontrou um corpo carbonizado na Vila Kennedy e investiga se é do motorista. William estava com passageiros quando o carro foi atacado a tiros.
Os passageiros tinham saído de um churrasco em Édson Passos, Mesquita, na Baixada Fluminense, e estavam a caminho de casa, na Carobinha.
Segundo as investigações, quando o carro chegou na comunidade milicianos deram uma ordem de parada, mas o motorista acelerou para tentar fugir.
Os bandidos atiraram várias vezes na direção do veículo. William foi baleado, perdeu o controle da direção, bateu na parede de uma igreja, e morreu na hora.
Corpo de motorista de aplicativo William Pereira da Silva, de 48 anos, segue desaparecido.
Reprodução
Ainda de acordo com a Polícia Militar, o corpo de William foi retirado do local pelos próprios criminosos.
De acordo com a apuração da TV Globo, os passageiros, no banco de trás do carro, eram da mesma família: pai, mãe e dois filhos pequenos. Segundo a polícia, as crianças não se machucaram. Mas a mulher levou um tiro na clavícula e o marido foi baleado nos dois tornozelos.
O casal está internado desde sábado (16) no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, e tem quadro de saúde estável.
Segundo a PM, além de desaparecer com o corpo de William, os milicianos ainda tentaram se desfazer do carro do motorista.
O veículo foi retirado do local pelos bandidos e levado para outra rua, dentro da comunidade. O carro foi encontrado pela Polícia Militar algumas horas depois.
Carro de motorista de aplicativo foi encontrado pela Polícia Militar na comunidade da Carobinha.
Reprodução/TV Globo
Ainda de acordo com a polícia, a perícia foi feita em busca de impressões digitais. E policiais do 40ºBPM (Campo Grande) fizeram buscas na comunidade.
Parentes de William Pereira estiveram na 35ªDP( Campo Grande) na madrugada desse domingo.
Segundo a PM, William Pereira respondia em segredo de justiça por envolvimento com a milícia. Ele já tinha sido preso por matar um policial militar depois de invadir um posto da PM em Itaboraí para roubar armas.
O motorista também foi condenado por formação de quadrilha, tentativa de latrocínio, latrocínio, ocultação e guarda ilegal de munição. William foi solto há três meses e usava tornozeleira eletrônica.
Para rodar no aplicativo como motorista, ele usava uma conta falsa, em nome de outra pessoa.