20 de setembro de 2024

Ministério da Justiça não vê indícios de corrupção na fuga de 2 detentos do Presídio Federal de Mossoró

Pasta divulgou o resultado da investigação 48 dias depois da fuga. O ministério concluiu que falhas nos procedimentos de segurança permitiram a fuga de Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça. Ministério concluiu que não houve corrupção na fuga de presos de Mossoró
O Ministério da Justiça concluiu que falhas nos procedimentos de segurança possibilitaram a fuga de dois condenados no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
O Ministério da Justiça divulgou o resultado da investigação 48 dias depois da fuga. Na nota, o ministério afirma que a apuração não encontrou indícios de corrupção de funcionários do presídio. Mas, de acordo com a corregedora-geral do Sistema Penitenciário, Marlene Rosa, há o indicativo de que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança.
A corregedora abriu processos administrativos disciplinares contra dez servidores. Outros 17 servidores vão assinar termos de ajustamento de conduta, nos quais se comprometem com uma série de medidas — não cometer as mesmas infrações e passar por cursos de reciclagem. O Ministério da Justiça não divulgou quais foram as infrações.
A Corregedoria da Secretaria de Políticas Penais decidiu continuar as investigações sobre as causas da fuga. Vai priorizar os problemas estruturais do presídio de segurança máxima. A corregedoria declarou que ”a íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos que estão sendo instaurados”.
A fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, a cerca de 290 km de Natal, ocorreu na madrugada de 14 de fevereiro. Segundo as investigações, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça retiraram uma luminária, abriram um buraco na parede das celas, chegaram ao pátio, conseguiram cortar a cerca e fugiram. Foi a primeira fuga registrada em uma das cinco unidades do Sistema Prisional Federal, criado em 2006.
Imediatamente, começaram as buscas a fugitivos. A Força Nacional foi acionada. Mas, um mês e meio depois, os 100 agentes deixaram a região. As buscas continuam com as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal.
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