Wellington Luiz Firmino foi condenado a 17 anos de prisão por envolvimento no 8 de janeiro de 2023. Pedido de extradição dele foi feito no dia 17 de outubro. Wellington Firmino, de Sorocaba (SP), fez vídeo em cima de torre do Congresso
Reprodução
O motoboy de Sorocaba (SP) Wellington Luiz Firmino foi detido na Argentina após a Justiça mandar prender os 61 brasileiros que estão no país e são considerados foragidos no Brasil por terem sido condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF). A informação foi confirmada ao g1 nesta terça-feira (19).
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O pedido de extradição de Wellington foi feito no dia 17 de outubro. Ele foi condenado a 17 anos de prisão. Firmino chegou a postar um vídeo em suas redes sociais nesta segunda-feira (18) dizendo que havia sido detido.
Na época dos atos golpistas, o sorocabano gravou um vídeo em cima da torre do Congresso Nacional, local de acesso restrito, e postou nas redes sociais (veja abaixo)
Bolsonarista que participou de atos terroristas fez vídeo em cima de torre do Congresso
Em um trecho do vídeo, de cima do prédio, o sorocabano observa a movimentação durante a invasão em Brasília e comenta: “é tiro, bomba e porrete! Vocês estão vendo tudo de cima, hein? Olha o luxo”.
Em outro momento, ao mostrar um confronto entre a polícia e bolsonaristas, ele chega a questionar a democracia: “Será que é ditadura essa p…? Acho que deve ser, hein. Deve ser ditadura”, comenta.
Em seu perfil nas redes sociais, Wellington também publicou imagens junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e no acampamento golpista em Sorocaba, que foi desmontado no dia 9 de janeiro de 2023, com a presença da Polícia Militar.
Wellington Firmino também publicou imagens junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Reprodução/Instagram
O g1 conversou com a defesa de Firmino, que informou que ele deve passar por um processo semelhante a uma audiência de custódia na Argentina e que, depois, voltará ao Brasil para cumprir a pena.
Wellington Firmino no acampamento golpista em Sorocaba (SP)
Reprodução/Instagram
Mandados de prisão
Segundo o jornal argentino Clarín, os mandados de prisão foram emitidos pelo juiz Daniel Rafecas, a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dois brasileiros já foram presos, conforme a polícia da província de Buenos Aires: Rodrigo de Freitas Moro Ramalho e Joelton Gusmão de Oliveira.
Em junho, o governo da Argentina havia enviado ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil uma lista de brasileiros que haviam pedido refúgio no país vizinho após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O atual presidente argentino, Javier Milei, é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é investigado no inquérito sobre os episódios de 8 de janeiro. Um porta-voz do governo de Milei, no entanto, afirmou, em junho, que não havia “pactos de impunidade” e que a Argentina respeitaria as decisões do Judiciário brasileiro.
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Em outubro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes, responsável por supervisionar o inquérito, pediu a extradição dos brasileiros foragidos na Argentina.
Como os foragidos tinham pedido refúgio no país, existia a possibilidade de que a extradição não fosse cumprida. No entanto, uma mudança na legislação da Argentina há um mês determinou que o refúgio não pode ser concedido a pessoas condenadas por crimes graves em seu país de origem.
Na lista de crimes graves estão “atos terroristas”, “violação grava de direitos humanos” e ações que possam comprometer “a paz e a segurança internacional”.
STF recebeu mais de 1.000 ameaças desde o 8 de janeiro: média de 3 por dia
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