20 de setembro de 2024

MP denuncia que bombeiro aposentado matou policial penal por não aceitar que ele era negro

Caso ainda precisa ser analisado e julgado pela Justiça. Policial penal foi assassinado na madrugada do dia 26 de fevereiro em um bar do bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Policial penal é morto em briga, na capital
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou à Justiça o bombeiro militar aposentado Naire Assis Ribeiro por preconceito racial e pelo homicídio do policial penal Wallysson Alves dos Santos Guedes. Ele foi morto em um bar no bairro Santa Tereza, Zona Leste de Belo Horizonte, em 26 de fevereiro.
A instituição ouviu oito testemunhas e concluiu que o crime foi motivado por intolerância racial. A denúncia diz que o bombeiro ficou inconformado com o fato de a vítima estar armada e ter se identificado como policial, sendo negro.
O MPMG teve acesso aos chamados que o bombeiro fez à polícia, em que solicitava o empenho de militares pois havia um “negro”, um “haitiano” se identificando como policial (leia a conversa abaixo).
Transcrição do chamado, obtido pela Polícia Civil e que embasou a denúncia do Ministério Público.
Reprodução
Como a PM não se deslocou até o local, o bombeiro, também armado, voltou ao bar e atirou várias vezes contra o policial — motivo que o MP apontou como “recurso que dificultou a defesa da vítima”. A denúncia ainda citou que o suspeito colocou os outros frequentadores do bar em risco.
O caso está sendo analisado pela Justiça que, posteriormente, decidirá se acata ou não a denúncia. A pena por homicídio é de 12 a 30 anos, enquanto a de preconceito racial é de um a três anos e multa.
A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e não teve retorno até o momento. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Naire Assis Ribeiro.
Vídeos mais assistidos do g1 MG

Mais Notícias