20 de setembro de 2024

Uma pessoa é presa durante ‘Operação Fraus’ no Acre; conselheiro do TCE de Rondônia também foi preso

Suposto esquema de ‘rachadinhas’ é investigado pelo Ministério Público. Esquema teria ocorrido entre os anos de 2014 e 2023. Gaeco realizou prisões em Rio Branco e Rondônia
Asscom/ MPAC
Uma pessoa foi presa, em Rio Branco, durante a ‘Operação Fraus’, realizada em Rondônia e Acre. Um Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) também foi preso na manhã desta quarta-feira (3), na operação realizada pelo Ministério Público do Estado (MP-RO) e apoiada pelo Ministério Público do Estado Acre (MPAC). A ação faz parte da ‘Operação Fraus’.
O MPAC não confirmou a identidade da pessoa presa ou a qual relação ela teria com o esquema. O órgão também não disse se a pessoa presa é funcionária dos tribunais de contas do Acre ou Rondônia.
O g1 entrou em contato com o Tribunal de Contas do Acre, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.
A operação teve como objetivo o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de afastamento das funções públicas, 11 mandados de busca e apreensão, duas medidas cautelares de monitoramento eletrônico, quatro ordens de proibição de contato com testemunhas e vítimas, quatro ordens de proibição de acesso a órgãos públicos, duas medidas cautelares de proibição de deixar o país e medidas assecuratórias de bens móveis, imóveis, direitos e valores somando mais de R$ 9 milhões, tudo deferido pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho/RO.
De acordo com o Ministério Público de Rondônia, durante a investigação, confirmaram-se os indícios de que estariam ocorrendo a prática popularmente conhecida como ‘rachadinha’, que envolve a exigência de parte da remuneração de servidores comissionados para a respectiva chefia, como condição para a indicação e manutenção dessas pessoas nos cargos.
Além dessa vantagem indevida, foram descobertos indícios de lavagem de dinheiro e acúmulo patrimonial incompatível com a renda oficial do cargo público e formalmente declarada perante a Receita Federal, bem como a associação e envolvimento de outras pessoas nesse esquema que teria ocorrido entre os anos de 2014 e 2023.
O nome da operação faz alusão à palavra “fraude” em latim, refletindo o modo de atuação identificado durante a investigação. O mentor do esquema selecionava suas vítimas com base em suas origens humildes e baixa instrução, impressionando-as com as vantagens dos melhores cargos comissionados em seu gabinete e as boas condições de trabalho.
Gaeco prende uma pessoa em Rio Branco
Asscom/ MPAC
Vídeos: g1

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