20 de setembro de 2024

Parques nacionais recebem quase 12 milhões de visitas em 2023, aponta balanço do ICMBio

Em análise ao resultado, coordenador de estruturação da visitação da autarquia cita tendência do ecoturismo no pós-pandemia, melhorias nos parques e fatores regionais. Parque Nacional da Tijuca recebeu quase 4 milhões e meio de visitas
Parque Nacional da Tijuca / Reprodução
Um levantamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostrou que os parques nacionais (parnas) brasileiros receberam 11,8 milhões de visitas durante o ano de 2023. O número representa um aumento de X% em relação aos XX milhões registrados em 2022.
De acordo com os dados, os parques que receberam mais de 1 milhão de visitas no ano passado foram Tijuca (Rio de Janeiro), Iguaçu (Paraná) e Jericoacoara (Ceará).
Parque Nacional da Tijuca: 4.464.257
Parque Nacional do Iguaçu: 1.800.225
Parque Nacional de Jericoacoara: 1.487.283
Parque Nacional da Serra da Bocaina: 715.537
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha: 618.238
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: 408.235
Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal: 323.149
Parque Nacional de Brasília: 300.603
Parque Nacional de Ubajara: 210.898
Parque Nacional da Serra dos Órgãos: 208.974
Segundo a autarquia, os parques nacionais respondem por 45% do total de visitação entre todas as modalidades de unidades de conservação federais do país. No entanto, das 75 parnas existentes no Brasil, 56 são monitorados (75%).
Parque Nacional do Iguaçu foi o segundo mais visitado do Brasil em 2023
Cristian Lara/ Parque Nacional do Iguaçu
“Algumas unidades ainda estão em fase de consolidação de sua gestão, e indicadores que carecem de aprimoramento. No entanto, o esforço institucional para monitoramento tem crescido ano após ano”, explica o coordenador de estruturação da visitação do ICMBio, Paulo Faria.
Conjunto de fatores
Em entrevista ao Terra da Gente, Paulo Faria comenta que 41 parques registraram aumento na visitação no período analisado, enquanto13 expressaram uma tendência de redução. No caso da Tijuca, conforme o coordenador, foi observado um aumento de cerca de 25% nas visitas, que ocorreu de forma distribuída em todas as áreas do local, do Parque Laje ao Corcovado.
“Na maioria dos parques nacionais que tiveram aumento nas visitas, isso pode ser lido como uma recuperação dos índices pré-pandemia, como o Iguaçu, que sempre foi um dos mais visitados, e o Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, que passou de 14 mil para 35 mil, analisa Paulo.
Parque Nacional de Anavilhanas é o segundo maior arquipélago de águas fluviais do mundo, com mais de 400 ilhas
Sigmar Gonçalves
“Alguns parques tiveram uma complexidade maior de fatores, como Itatiaia e Serra dos Órgãos, ambos na Serra Fluminense. Eles conseguiram retomar indicadores pré-Covid, mas tiveram também algum aprimoramento nos seus atrativos, na comunicação e/ou na estrutura”, acrescenta.
Já os parques Pau Brasil (BA) e Parna das Emas (GO), intensificaram suas políticas de eventos (esportes, atividades recreativas em contato com a natureza) e, como recebem menos visitantes, a nova rotina pode ter influenciado a demanda da visitação local. “É uma dinâmica em mosaico, então são justificativas e análises que também envolvem fatores regionais”, finaliza.
Veja o aumento detalhado de cada parque neste link
Tendência a busca natureza
Ainda segundo Paulo, há uma tendência das pessoas a procurar a natureza quando vão viajar, que não é vista não só no Brasil, mas em outros sistemas de áreas protegidas mundo afora. “Isso reforça a relevância de áreas naturais para as sociedades, para o turismo e para a qualidade de vida”, comenta.
Parque Nacional de Jericoacoara é o terceiro mais visitado de 2023
Governo do Ceara/Reprodução
Uma pesquisa do Ministério do Turismo divulgada em janeiro mostrou que sol e praia é a atração turística preferida de 59% dos entrevistados, enquanto natureza e ecoturismo ocupa o segundo lugar, sendo citado por 27% dos participantes.
A expectativa é que o número de visitas dos parques nacionais seja ainda maior em 2024, de acordo com o coordenador da área de estruturação. Para evitar impactos negativos à preservação dessas áreas, a autarquia deve fazer uso de estratégias de gestão e estruturação das unidades.
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