20 de setembro de 2024

Justiça decreta prisão preventiva de fotógrafa acusada de matar namorado em Ribeirão Preto

Brenda Caroline Pereira Xavier chegou a se apresentar à polícia três dias após o crime, foi ouvida e liberada. Carlos Felipe Camargo da Silva morreu depois de ser esfaqueado no dia 3 de março. Brenda Caroline Pereira Xavier é a principal suspeita pela morte de Carlos Felipe Camargo da Silva, segundo a polícia
Reprodução/Redes Sociais
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira (3) a prisão preventiva de Brenda Caroline Pereira Xavier, acusada de matar o então namorado, Carlos Felipe Camargo da Silva.
O crime aconteceu no dia 3 de março, no imóvel onde o casal vivia, no Ribeirão Verde, zona Leste de Ribeirão Preto (SP).
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Carlos levou ao menos nove facadas. Ele chegou a ser socorrido com vida e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, mas morreu horas depois.
O juiz José Roberto Bernardi Liberal entendeu que a agora ré cometeu crime hediondo e demonstra personalidade ‘totalmente contrária aos preceitos morais’.
“Não se pode ignorar que o autor de fatos dessa natureza demonstra, com a sua conduta, personalidade totalmente contrária aos preceitos morais, reveladora de absoluto descaso para com a vida alheia, em especial no caso vertente, praticado contra companheiro, mediante crueldade invulgar”.
O decreto de prisão preventiva ainda é sustentado pelo fato de que a medida é necessária como:
garantia da ordem pública
por conveniência da instrução criminal
para assegurar eventual aplicação da lei penal
“Segundo informações constantes do inquérito policial, a acusada ostenta personalidade agressiva. Ademais, os delitos praticados mediante violência ou grave ameaça à pessoa estão, na atualidade, causando acentuada intranquilidade social, exigindo, portanto, rigoroso combate, resgatando-se, em benefício da sociedade ordeira, bem assim da vítima e/ou seus de familiares, a paz social”.
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Brenda se apresentou na Delegacia de Ribeirão Preto três dias após o crime. Ela foi ouvida e liberada.
À época, a acusada chegou a alegar legítima defesa, hipótese descartada tanto pela Polícia Civil quanto pelo Ministério Público.
O g1 entrou em contato com a defesa de Brenda e aguarda um posicionamento.
O caso
Carlos morreu no dia 3 de março. De acordo com a polícia, na noite do crime, a vítima foi até a casa da mãe e do irmão, Bruno Camargo Felício, com os pertences e pediu para voltar a morar com a família.
À polícia, Bruno contou que, em seguida, Brenda apareceu no local e os dois conversaram do lado de fora do imóvel por cerca de dez minutos.
Carlos Felipe Camargo da Silva, de 29 anos, foi morto com golpes de faca em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Redes Sociais
Depois da conversa, Carlos informou à família que ia reatar o namoro e voltar com Brenda para a casa onde viviam, no Ribeirão Verde, zona Leste de Ribeirão Preto.
O irmão também disse à polícia que horas após o casal ir embora, recebeu uma ligação da mãe de Brenda dizendo que Carlos teria sofrido um acidente e morrido, mas sem explicar ou dar detalhes do que tinha acontecido.
Ao chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, para onde a vítima foi levada, ele foi informado que Carlos havia sido esfaqueado ao menos nove vezes.
Brenda Caroline Pereira Xavier e Carlos Felipe Camargo da Silva em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Redes sociais
De acordo com o boletim de ocorrência, na casa onde a vítima vivia com Brenda, a polícia constatou a presença de sangue em diferentes cômodos, inclusive em um dos quartos em que a mobília estava quebrada.
O imóvel ainda estava molhado, aparentando ter sido lavado, o que, segundo as investigações, indicaria a tentativa de mascarar a cena do crime. A faca utilizada para matar o corretor não foi encontrada.
Três dias após a morte de Carlos, Brenda compareceu à delegacia para prestar depoimento. Ela alegou ter agido em legítima defesa, foi ouvida e liberada em seguida.
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