27 de dezembro de 2024

Rota da Farinha Podre resgata história e promove o desenvolvimento econômico por meio do turismo no Triângulo e Alto Paranaíba


Inspirado em como era chamado o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba no passado, a Rota da Farinha Podre é uma iniciativa que oferece uma experiência imersiva na rica história e cultura do sertão mineiro. Igreja de São Sebastião, em Araxá
Prefeitura de Araxá/Divulgação
Sertão da Farinha Podre era o nome da área que ia do Alto Paranaíba até o atual Triângulo Mineiro. Enquanto uma das regiões de planejamento do Estado de Minas Gerais, mas que já pertenceu à Capitania de Goiás por 50 anos, entre 1766 a 1816, essa terra ficou assim conhecida porque membros das expedições da época costumavam marcar o caminho com alimentos secos, para que servissem de referência para o trajeto da volta.
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Certa vez, ao enterrarem fardos de farinha de milho nas margens de um ribeirão, a encontraram apodrecida durante a volta.
Pensando nessa história entranhada na terra do Triângulo e Alto Paranaíba, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a equipe da “Picada de Goyaz”, criou a rota turística do Sertão da Farinha Podre.
Para conhecer melhor a região, os acessos e pontos que podem ser visitados, uma equipe, formada por instituições e representantes turísticos, percorreu a rota em uma expedição.
“A gente tem interesse nessas áreas privadas para fazer um projeto de lei para investir e estruturar esses atrativos para os turistas. Através do turismo a gente vai se desenvolver ainda mais, e queremos atrair o pessoal para conhecer a nossa cultura e as nossas belezas naturais “, explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Tapira, Fernanda Rezende.
A expedição
Rota da Farinha Podre resgata história e valoriza turismo no Triângulo e Alto Paranaíba
A expedição começou em Araxá, onde o ponto inicial foi a Igreja São Sebastião, para uma visita ao Museu Sacro, que guarda relíquias religiosas e históricos da região.
“É um resgate histórico, a gente tenta fazer o levantamento turístico de locais que tenham potencial para receber os turistas. Em cada acesso à rota, há uma experiência única, é algo diferenciado “, explicou Eduardo Valente, da equipe de coordenação do projeto.
No dia seguinte, o grupo seguiu para Tapira, onde foi até a fonte de água sulfurosa, famosa por suas propriedades medicinais e importância histórica.
Por último, a equipe se reuniu em Sacramento, com uma visita às históricas igrejas do Desemboque, um dos pontos mais antigos da região, repleto de histórias dos primeiros colonizadores.
Após três dias de imersão na cultura, história e natureza do sertão, proporcionando uma experiência rica e autêntica para todos os participantes, a expedição terminou às 10h do domingo (10).
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A rota
Equipes percorreram a rota em uma expedição
Reprodução/TV Integração
A Rota De Volta às Origens no Sertão da Farinha Podre, que atravessa as cidades de Araxá, Tapira e o histórico distrito de Desemboque, em Sacramento, vai oferecer uma experiência imersiva na rica história e cultura do sertão mineiro, seguindo um trecho notável da Picada de Goiás.
Ao longo da rota, os visitantes têm a oportunidade de explorar um antigo garimpo desativado, testemunho da busca incansável por pedras preciosas e ouro que marcou o passado da região.
Em Tapira, as curiosas formações de sal das águas sulfurosas, que outrora eram lambidas pelo gado local, despertam o interesse por fenômenos naturais únicos da área.
O chapadão norte da Serra da Canastra oferece paisagens deslumbrantes e cachoeiras de águas cristalinas, proporcionando momentos de contemplação e relaxamento.
Além das belezas naturais, a rota é uma verdadeira viagem no tempo, com visitas a igrejas centenárias e museus que preservam o rico patrimônio artístico e cultural de Minas Gerais.
As fazendas históricas ao longo da Picada de Goiás revelam engenhos, rodas d’água e outras ferramentas antigas movidas a água, oferecendo um vislumbre fascinante da engenhosidade e do modo de vida do passado.
“O nosso propósito é que a gente consiga fazer esse resgate histórico, ao mesmo tempo que permite o desenvolvimento econômico da região”, finaliza o analista do Sebrae, Alessandro Souza.
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