Em entrevista a Natuza Nery, Galvão Bueno relembra os 30 anos da morte de Ayrton Senna. Quando Ayrton Senna entrou na pista pela última vez, no dia 1º de maio de 1994, o piloto bateu a mais de 200 km/h na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino encerrando um fim de semana marcado por acidentes em Ímola, na Itália.
Em entrevista a Natuza Nery, o locutor relembra os acontecimentos de 30 anos atrás como “o fim de semana mais trágico da história da Fórmula 1”.
Naquela sexta-feira, 29 de abril de 1994, Rubens Barrichello havia sofrido o pior acidente de sua trajetória no automobilismo. Ele escapou “por um palmo”, com uma luxação na costela e uma fratura no nariz. No dia seguinte, morria o piloto austríaco Roland Ratzemberger no mesmo circuito, o que deveria ter cancelado o GP.
“Tenho a convicção de que Ratzemberger morreu na pista. O corpo caiu e não mais se mexeu”, afirma Galvão. “Pelas leis italianas, se fosse confirmada a morte do Ratzemberger na pista, não teria corrida no domingo. Talvez ele [Senna] estivesse aqui conversando conosco agora”
Galvão relembra ainda que já havia feito a narração de outros dois acidentes em Imola: Gerhard Berger e Nelson Piquet, “que perdeu um segundo de velocidade por muitas corridas depois”.
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Galvão conta o que só ele viu na morte de Senna
Antes da corrida, Galvão relata ter visto Senna conversar com outros pilotos. Depois, ao perguntar sobre o que discutiam, ouviu dele: “nós vamos pegar muito pesado, nós estamos lutando para mudar, para aumentar a segurança dos carros”.
Voz das grandes vitórias de Senna, Galvão tornou-se amigo do piloto. Ele foi um dos primeiros a saber da morte cerebral e acompanhou o transporte do corpo no voo de volta ao Brasil.
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