21 de setembro de 2024

Guiana diz que não permitirá anexação de Essequibo pela Venezuela, promulgada por Maduro

Governo local reagiu à promulgação de lei na Venezuela que permite ao país anexar o território de Essequibo, uma área que representa dois terços da Guiana mas que Caracas alega ser sua. A disputa gerou tensões e temores de uma guerra na América Latina no fim do ano passado, após o governo venezuelano realizar um referendo sobre a anexação. Nicolás Maduro assinou lei que cria província da Venezuela em território da Guiana
Governo da Venezuela
O governo da Guiana disse nesta quinta-feira (4) que não vai permitir que a Venezuela anexe a região de Essequibo — área que representa dois terços de todo o território guianês mas que Caracas alega ser sua.
A declaração foi a primeira reação da Guiana após o governo de Nicolás Maduro promulgar, na quarta-feira (3), uma lei que prevê a anexação de Essequibo, após a realização de um referendo no país, no ano passado, sobre o tema, que gerou ameaças de guerra das duas partes.
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Em comunicado, o governo guianês acusou a Venezuela de violar “os princípios mais fundamentais do direito internacional” e contradiz o documento que ambas as partes assinaram no encontro bilateral que os presidentes dos dois países mantiveram em dezembro de 2023, com a intermediação do Brasil.
“Neste sentido”, diz a nota, “o governo da República Cooperativa da Guiana deseja alertar o governo da República Bolivariana da Venezuela, os governos da Comunidade do Caribe e da Comunidade Latino-Americana e Caribenha de Nações, bem como o secretário-geral da Nações Unidas e ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, que não permitirá a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte do seu território soberano”.
O que há em Essequibo e como começou a disputa
A disputa por Essequibo, uma briga antiga entre os dois países, voltou à tona no ano passado, quando o governo de Nicolás Maduro realizou um referendo sobre a anexação. A consulta pública, que teve participação de menos da metade da população, aprovou que o país anexe a região vizinha, do tamanho do Ceará e rica em petróleo.

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