28 de dezembro de 2024

Otan acusa Rússia de atos de sabotagem no continente europeu


A Aliança Militar do Ocidente aponta ataques russos à infraestrutura de vários países para enfraquecer o apoio europeu à Ucrânia. OTAN acusa Rússia de astos de sabotagem no continente europeu
A Otan, a aliança militar do Ocidente, se reuniu nesta terça-feira (3) para discutir como enfrentar o que seria uma campanha de sabotagem russa. Ataques russos à infraestrutura de vários países para enfraquecer o apoio europeu à Ucrânia.
Conflito de zona cinzenta… Guerra híbrida… Definições nem tão vagas. Nesta terça-feira (3), a Otan fez uma acusação formal.
“Nos últimos anos, a Rússia e a China tentaram desestabilizar nossas nações com atos de sabotagem, ataques cibernéticos, desinformação e chantagem energética para nos intimidar”, disse Mark Rutte, secretário-geral da aliança militar do Ocidente.
Essa é a guerra híbrida: o uso de métodos variados para atingir um fim político. No norte da Europa, a Otan acaba de concluir a Operação Ventos Gelados, para combater sabotagens no Mar Báltico.
Os exercícios reuniram mais de 30 navios, aviões e 4 mil militares de 15 países. O Mar Báltico é cercado por oito países membros da Otan, e pela Rússia. Mês passado, dois dias antes do início da operação, dois cabos submarinos de fibra óptica foram cortados.
O governo da Suécia investiga o possível envolvimento de um navio cargueiro chinês, que havia partido da Rússia. A China negou as acusações. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, comentou:
“Ninguém acredita que esses cabos foram cortados acidentalmente. Então temos que concluir que foi uma ação ‘híbrida'”.
Os ataques híbridos em 2024 se multiplicaram. O governo de Putin é acusado de provocar incêndios em empresas de vários países europeus.
Em julho, os serviços de segurança alemães evitaram uma tentativa de assassinato contra Armin Papperger, presidente de uma empresa que fornece armamentos para a Ucrânia.
Para enfrentar essa guerra híbrida, a Otan quer aumentar a troca de informações entre os serviços de inteligência. Reunidos em Bruxelas, os ministros das Relações Exteriores da aliança discutem novas estratégias.
O especialista em Rússia da Chatham House, de Londres, diz que as ações russas parecem ser preparativos para uma ofensiva militar de fato. E que a intenção é rachar a Europa, espalhar o medo na população e mostrar a esses países que ajudar a Ucrânia não é um bom negócio.
Keir Giles considera que a Otan, e principalmente os Estados Unidos, até agora não impuseram penalidades suficientes para convencer o Kremlin a parar de causar tantos danos ao continente.
OTAN acusa Rússia de atos de sabotagem no continente europeu
Jornal Nacional
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