21 de setembro de 2024

Moradores comemoram o transbordamento de um açude no Rio Grande do Norte

Depois de 13 anos sem água suficiente, o Açude de Acari transbordou, garantindo o abastecimento de água da cidade pelos próximos quatro anos. Depois de 13 anos sem água suficiente, açude de Acari (RN), transbordou
Depois de 13 anos sem água suficiente, o Açude de Acari, no Rio Grande do Norte, transbordou.
A expectativa era tão grande que teve gente que fez vigília esperando.
“Em cada gota ali a gente vê nossa fé renovada, nossa esperança renovada”, diz a nutricionista Adriana Macêdo.
A queda d’água no paredão de 25 m do Açude Gargalheiras é chamada de véu de noiva. Para os sertanejos, um espetáculo que simboliza a esperança em dias melhores e a fartura.
A chamada sangria acontece quando a água se acumula acima da capacidade do açude, o que se deu agora por causa do volume de chuvas dos últimos dias. A última vez que isso tinha acontecido, em 2011, Maria Luiza, de 9 anos, ainda nem tinha nascido.
“Estou achando incrível, é muito bonito. É minha primeira vez vendo e eu estava muito ansiosa”, conta Maria Luiza.
Entenda o caminho das águas: para onde vai sangria do Açude Gargalheiras
Ao longo dos últimos 13 anos, o volume de água variou, mas não chegava a esse nível do transbordamento. Entre 2015 e 2019, o açude secou. Nesse cenário foi gravado o filme “Bacurau”, representante do Brasil no Festival de Cannes, na França.
Em fevereiro de 2024, o reservatório estava com 1% do volume de água. Em menos de 50 dias, atingiu a capacidade máxima: 44 milhões de m³ de água – suficientes para abastecer as cidades de Acari e Currais Novos pelos próximos quatro anos.
“O peixe está crescendo, o pequeno que tinha. E, agora, vai ter peixe para todo mundo e, daqui a quatro, cinco meses, o peixe pequeno já está grande. Aí vai dar para todo mundo”, diz um morador.
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