21 de setembro de 2024

Fuga de Mossoró: ‘criminosos passaram a ter algum tipo de auxílio de facção criminosa’, diz secretário nacional de Segurança Pública

Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal recapturaram na quinta-feira (4), em Marabá (PA), os dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Mário Luiz Sarrubbo em imagem de maio de 2022
Divulgação/Governo de SP
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou em entrevista ao Em Ponto, nesta sexta-feira (5), que os dois presos – Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento – que fugiram de Mossoró há 50 dias “foi um episódio isolado, e a partir do momento da fuga, com as notícias, evidente que eles passaram a ter algum tipo de auxílio de facção criminosa”.
Sarrubbo não detalhou qual foi o tipo de auxílio, apesar de os homens serem ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que estava preso na unidade federal de Mossoró e, em 2 de março, foi transferido para Catanduvas (PR).
“Aquelas primeiras semanas, eles estavam praticamente cercados em um determinado perímetro. Houve uma dificuldade também para eles. É evidente que chegamos a estar muito próximos. (Mas) insisto, local difícil, uma série de circunstâncias atrapalharam a Força do Estado e com o apoio que eles acabaram tendo, eles escaparam do perímetro”, afirmou Sarrubbo.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também disse ontem que eles receberam ajuda de outros criminosos. “Os fugitivos estavam em um verdadeiro comboio do crime. Foram apreendidos 3 carros e diversas armas”.
Captura de Rogério e Deibson
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recapturaram na quinta-feira (4), em Marabá (PA), os dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Eles foram presos em uma ponte que atravessa o rio Tocantins, em Marabá, no Pará, a 1,6 mil quilômetros de distância do presídio de Mossoró.
Os dois fugitivos ficaram em silêncio durante depoimento à PF, após a recaptura. Ambos retornam à Penitenciária de Mossoró após a captura. Sarrubo destacou também que os erros que existiam na prisão já foram corrigidos e que está “muito tranquilo quanto a segurança (do presídio)”.
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Sarrubbo afirmou ainda que, apesar de terem conseguido prender, “50 dias não é o ideal”. Porém, destacou que a prisão dos criminosos é a “mais absoluta demonstração que o modelo (de união entre as forças nacionais – como a PF e a PRF) é o correto”.
A fuga foi a primeira registrada no sistema de cinco presídios de segurança máxima, que existe desde 2006 e é administrado pelo governo federal.
Passo a passo dos fugitivos de Mossoró até serem recapturados no Pará
Arte/g1

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