22 de setembro de 2024

Acusado de matar tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu cai e quebra braço na prisão

Jorge Guaranho se machucou ao tomar banho na própria cela, segundo a polícia. Réu foi para o hospital e recebeu alta horas depois. O policial penal Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. Ele assassinou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, durante festa de aniversário
Reprodução
O ex-policial penal Jorge Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado pela morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, caiu durante o banho na própria cela e quebrou o braço. As informações foram divulgadas pela Polícia Penal nesta sexta-feira (5).
Guaranho está preso na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, desde esta quinta-feira (4), quando júri popular do caso foi suspenso e adiado. Entenda a seguir.
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Conforme a direção da cadeia informou à Justiça, durante o procedimento de contagem na galeria nesta sexta o preso relatou ter caído e foi encaminhado à enfermagem da unidade.
Mais tarde, segundo a diretoria, o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) levou Guaranho ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, onde exames confirmaram fratura. De acordo com o comunicado, após receber alta, o réu retornou à prisão ainda durante a tarde.
Ainda conforme o comunicado, a defesa de Guaranho esteve na cadeia para atendimento presencial e foram informados do episódio.
Nesta sexta, os advogados do acusado se manifestação sobre o ocorrido e questionaram as condições da prisão onde Guaranho está e o atendimento recebido pelo réu.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que a coordenação regional do Departamento Penal do Paraná (Deppen) em Foz do Iguaçu seja acionada e preste imediatamente informações sobre:
“as circunstâncias do fato, descrevendo, pormenorizadamente, as medidas adotadas pelas equipes que o atenderam, notadamente o suporte prestado ao preso, o horário da transferência à unidade hospitalar, se seus familiares e defesa foram informados do ocorrido.”
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Pedido negado
Também nesta sexta-feira, o juiz responsável pelo caso, Hugo Michelini, negou novo pedido da defesa de revogação da prisão preventiva. Segundo o magistrado, não houve nenhum fato ou dado novo que mude a situação que motivou a prisão de Guaranho.
Nesta quinta, o juiz determinou que o réu fique em Foz do Iguaçu após a defesa de Guaranho argumentar estar tendo dificuldades de ter contato presencial e com antecedência com o cliente, que desde agosto de 2022 estava preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Guaranho foi a júri popular na manhã desta quinta, porém, a sessão foi suspensa menos de uma hora após começar.
Michelini adiou o julgamento para 2 de maio após a defesa de Guaranho não ter os pedidos aceitos pelo juiz e abandonar o plenário. Entenda no vídeo abaixo:
Defesa abandona plenário, e júri de acusado de matar tesoureiro do PT no PR é suspenso
O júri começou a ser realizado no Fórum de Justiça de Foz do Iguaçu, quase dois anos após o crime registrado na noite de 9 de julho de 2022.
Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos com temática do PT quando foi baleado pelo ex-policial – na época simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. Arruda revidou os disparos e chegou a ser atendido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022.
Para os advogados que representam a família de Marcelo e para o Ministério Público houve intolerância político-partidária. A defesa de Guaranho nega.
Relembre como foi o crime
O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:
Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia
Arte/g1
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