22 de setembro de 2024

Dez dias após assassinato de jovem empresário, caso continua sendo investigado e sem ninguém preso

Marcelo Oliveira Mendes, de 21 anos, foi assassinado em um lava a jato. Segundo familiares, ele havia passado o dia trabalhando e pretendia viajar para Boa Viagem para visitar os pais no dia do crime. Amigos fizeram homenagem durante velório do jovem Marcelo de Oliveira Mendes, morto a tiros em Fortaleza.
Reprodução
Dez dias após o assassinato, nenhum suspeito foi preso pela morte de Marcelo Oliveira Mendes, de 21 anos, morto a tiros no bairro Dias Macêdo, em Fortaleza. Familiares desconhecem a motivação do crime e afirmam que o jovem não tinha envolvimento com atividades ilícitas. O homicídio aconteceu no dia 28 de março.
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A Secretaria da Segurança Pública informou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa segue investigando o caso e que “realiza diligências para elucidar o crime”, conforme nota da pasta.
Natural da cidade de Boa Viagem, no interior do estado, Marcelo foi baleado na Rua Marechal Bittencourt. O corpo dele ficou caído próximo a um carro na via pública.
Marcelo era filho único e formado em técnico de administração. Horas após a morte dele, a mãe desabafou nas redes sociais: “Minha vida acabou”. Outros familiares e amigos lamentaram a morte do jovem, conhecido carinhosamente como Marcelinho.
“Marcelo tinha um coração lindo demais, ele não via maldade em nada, não via maldade em ninguém”, disse Maria Thielem, namorada do rapaz.
No dia do sepultamento, em Boa Viagem, familiares e dezenas de amigos da vítima fizeram cortejo pelas ruas da cidade até o cemitério Parque da Saudade. No trajeto, foram realizadas homenagens com músicas e com o ronco dos motores de motos, representando o motocross, esporte praticado por Marcelo.
Relembre o caso
Marcelo Oliveira Mendes, 21 anos, foi morto a tiros no Bairro Dias Macêdo, em Fortaleza.
Arquivo pessoal
Marcelo morava nem Fortaleza com Thielem. O casal era proprietário de lojas de roupas em um shopping da cidade e estava com uma viagem internacional planejada para fazer no meio do ano.
Conforme Thielem, no dia do crime, eles passaram o dia trabalhando e pretendiam viajar para Boa Viagem para visitar os pais. Porém, antes disso, Marcelo resolveu ir cortar o cabelo em uma barbearia da região.
“Quando a gente chegou em casa ele falou: ‘Amor, posso marcar meu cabelo?’ Esse cabelo dele era de rotina, era um plano que ele tinha, que ele pagava, porque ele era muito vaidoso. Quando chegou a hora dele ir cortar o cabelo, ele disse que já voltava. Achei que logo ele fosse voltar, mas o Marcelo não voltou mais”, relatou Thielem.
Familiares desconhecem motivo de assassinato de jovem em Fortaleza e cobram investigação da polícia
Arquivo pessoal
Ainda segundo a namorada, após sair de casa para cortar o cabelo, Marcelo informou que iria parar em um lava a jato na Rua Marechal Bittencourt, distante alguns quarteirões do condomínio que eles moravam há dois meses. O rastreador do carro mostrou que ele chegou ao local às 17h10.
“Quando foi 17h45, ele me mandou outra mensagem. Tudo o Marcelo me avisava. Ele falou: “Amor”. Quando eu respondi “Oi”, um minuto depois, ele não me respondeu mais”, relembrou a namorada da vítima.
Preocupada com o paradeiro de Marcelo, Thielem pediu ajuda a uma vizinha. As duas foram ao endereço do lava a jato indicado pelo rastreador do veículo.
“Quando cheguei lá me deparei com aquela cena, que eu não desejo para ninguém. Eu vi o carrinho do meu amor com as portas abertas, meu amor no chão, o celular do meu amor tocando, por isso que ele não atendia. Ninguém sabe de quem era esse lava a jato”, falou a mulher.
Desde então, ela cobra por justiça para que o crime que levou ao assassinato de Marcelo seja esclarecido.
“A gente viveu intensamente. Eu tenho fé em Deus que vai ter justiça, porque ele foi só lavar o carro”, desabafou a namorada.
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