22 de setembro de 2024

Aclamado pelo público, Festival de Curitiba se destaca pela diversidade: ‘Espetáculos de alta qualidade com temas relevantes’

A 32ª edição termina neste domingo (7) e conta ainda com muitas atrações na programação. Público se prepara para ver o musical ‘Homem com H’
Giuliano Gomes/PR Press
Entre as marcas deixadas no público da 32ª edição do Festival de Curitiba estão principalmente a diversidade e a representatividade das centenas de apresentações.
Nos últimos 13 dias foram mais de 300 espetáculos espalhados pela capital e Região Metropolitana. Este domingo (7) é o último dia do evento, e ainda há atrações disponíveis. Confira a programação.
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Para Laércio Júnior, analista de Recursos Humanos, a realização do festival faz muita diferença para a cultura do país por estimular as produções teatrais. “Essa interação presencial que o teatro promove nesse mundo digital que vivemos é fundamental. É um evento que precisa ser mantido”, diz.
Ele relata que a peça “Agora é que são elas”, com direção de Fábio Porchat, foi o espetáculo que mais gostou. “Trouxe críticas importantes sobre a nossa sociedade”, justifica.
Laércio Junior e a companheira Natasha de Lara aprovaram a edição do festival
Giuliano Gomes/PR PRess
Por meio do movimento dos sem ingresso, organização independente que atua há 20 anos na arrecadação e distribuição de entradas gratuitas durante o festival, o biólogo Roni Mendes pôde ver vários trabalhos desta edição.
“O espetáculo ‘Manifesto Transpofágico’, da artista Renata Carvalho, foi fabuloso, me apresentou uma outra visão do mundo trans e virou em mim a chave do preconceito”, comenta.
A atriz curitibana Simone Spoladore está na cidade visitando a família e destaca como o evento está cada vez mais diverso e maduro.
“Como desta vez não estou aqui a trabalho, estou conseguindo aproveitar. O festival promove encontros e muita troca. Não quero perder ‘Azira’i”, conta. O solo da atriz indígena Zahy Tentehar, vencedora do Prêmio Shell deste ano como melhor atriz, está na programação deste domingo.
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O amadurecimento e qualidade dos trabalhos apresentados nesta edição não passaram despercebidos. O escritor Luiz Lucena ficou impactado com “Macacos”, monólogo do ator Clayton Nascimento. “Fala necessária, o ator e o texto são maravilhosos”, comenta.
A peça também foi a preferida da atriz Marcelina Fialho.
“Foi a melhor peça dos últimos tempos trazidas pelo festival. Vi este ano trabalhos com muita qualidade, com temas relevantes trazendo histórias que precisam ser ditas e reveladas como a contada por ‘Cabaré Chinelo’, de Manaus. O festival é uma ótima oportunidade para conhecer trabalhos que não são tão acessíveis”, diz.
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A jornalista Nanda Rovere elogia o trabalho da curadoria e destaca como a programação oferece opções para todos os gostos e perfis.
“Sou apaixonada pelo grupo Galpão e amei ‘Cabaré Coragem’, acompanho eles desde a montagem de ‘Romeu e Julieta’ que também passou aqui pelo festival”, relembra.
“A criação do eixo amazônico foi uma iniciativa maravilhosa, a abertura com ‘Caprichoso e Garantido – O Duelo da Amazônia’ foi inusitada”, destaca.
Boi Caprichoso na abertura deste ano do festival
Giuliano Gomes/PR Press
Uma chance ao novo
A primeira vez de Caroline Ferraz, supervisora de Call Center, no festival não foi a melhor experiência, mas despertou nela o interesse de explorar gêneros diferentes. “Infelizmente não gostei do espetáculo que fui ver, mas isso acontece, vou ver outras peças para descobrir o que eu gosto”, conta.
Já Natasha de Lara, analista de Recursos Humanos, disse ter feito ótimas escolhas. “Meu gênero preferido é a comédia, vi três este ano e todas elas trouxeram reflexões importantes. Adoro teatro e assisto peças o ano inteiro, não só durante o festival”, relata.
E foi uma comédia que mais comoveu a estudante Giovana Retcheski. “Me conectei com ‘Duetos’ porque abordava o tema das relações, pude ver questões que minhas sendo representadas”, revela a estudante de Jornalismo que também participou de encontros e bate-papos do Interlocuções.
Novas conexões
A atriz e produtora Fabiana Ferreira também aproveitou o Interlocuções e participou de uma palestra que trouxe representantes do Ministério da Cultural para falar sobre um edital aberto na área da cultura. Esse braço do festival traz ações formativas com o objetivo de a ampliar a experiência e integração entre artistas e público.
“Pude tirar dúvidas pessoalmente, foi muito importante. Essas ações paralelas são muito potentes e consolidam o festival como o evento mais relevante atualmente da cena teatral brasileira”, afirma.
A produtora Fabiana Ferreira aproveitou especialmente o Interlocuções
Giuliano Gomes/PR Press
A arte toma conta da cidade
Curitiba e região metropolitana ganham vida ao longo do festival. As apresentações se espalham pelos mais variados cantos.
“Gosto de teatro, sobretudo de ver esse movimento na cidade, é muito rico, deixa a cidade viva”, elogia a psicóloga Carla Beatriz Viese, que desta vez escolheu a peça “Mutações” para ver no Guairinha.
A professora universitária Débora Bruel também destaca a nova cara que o evento dá à cidade: “Essa efervescência que o festival imprimi na cidade é contagiante”. “Amei o espetáculo ‘Ana Lívia’, o texto, o cuidado com a cena, o trabalho impecável das atrizes, foi incrível”, acrescenta.
Novidade agradou o público
A dentista Daniele de Castro elogiou a Temporada de Musicais
Giuliano Gomes/PR Press
A dentista Daniele de Castro ficou muito animada com a Temporada de Musicais, novidade desta edição.
“Carmen, A Pequena Grande Notável’ foi mágico e os bois bumbás de Parintins uma grande oportunidade de entrar em contato com a cultura da Amazônia”, elogia.
“Vi também algumas peças do Fringe em espaços intimistas, foi muito gostoso. Adoro o festival, você anda na rua e de repente se depara com um espetáculo, é muito democrático porque oferece também opções gratuitas. A cidade fica colorida, viva e alegre”, relata.
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