22 de setembro de 2024

Meses após o crime, apontado como assassino da própria esposa em Buriticupu é preso no Pará

Prisão acontece quase nove meses após o crime. Celeuma Viana de Sousa tinha 42 anos e deixou carta antes de morrer: ‘Tem 17 anos que sofro na mão dele’. Claudeonor foi preso no Pará, após quase nove meses foragido pelo assassinato da esposa, Celeuma
Divulgação/Polícia Civil
Quase nove meses após o assassinato de Celeuma Viana de Sousa, a Polícia Civil prendeu, na tarde do último sábado (6), o principal suspeito do crime: Claudeonor Oliveira, que era marido da vítima.
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Claudeonor estava trabalhando em uma fazenda e plantando soja, na Zona Rural do município de Rondom, no Pará. Policiais de Buriticupu, que passaram meses na investigação, conduziram Claudeonor até a delegacia, onde ele ficará preso, e deve ser encaminhado para uma Unidade Prisional no Maranhão.
A prisão ocorre em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedida pela Justiça. Com Claudeonor, a polícia encontrou ainda uma arma de fogo irregular.
Celeuma teria sido morta pelo marido, Claudeonor, e deixou carta em que pedia para os filhos não ficarem com ele
Divulgação/Polícia Civil
O assassinato
O crime aconteceu no dia 9 de julho de 2023, em Buriticupu, a cerca de 417 km de São Luís. A vítima, Celeuma, tinha 42 anos, e chegou a deixar uma carta em que já antecipava que poderia ser morta pelo marido.
O caso aconteceu por volta das 20h na Rua da Caeminha, onde o casal morava. Celeuma, que era conhecida como ‘Cleuma’, foi morta com um tiro na cabeça, em cima de uma cama. Logo depois, Claudeonor não foi mais visto na cidade.
Claudeonor Oliveira era procurado pela polícia
Divulgação/Polícia Civil
Segundo a Polícia Civil, o casal tinha três filhos, sendo duas crianças e uma adolescente. Uma das filhas afirmou, em depoimento, que viu o pai entrando na casa e ouviu o disparo.
Parentes da vítima entregaram à Polícia Civil, uma carta escrita em 2022, em que Cleuma pede para os filhos não ficarem com o pai, pois suspeitava que poderia morrer.
“Se vier a acontecer alguma coisa comigo, eu não quero que meus filhos fiquem com o pai. Ele é uma pessoa muito agressiva, tem 17 anos que eu sofro na mão dele agressões física, verbal e psicológica, fora as humilhações que ele faz comigo. Ele é um psicopata. Eu quero que alguém da minha família cuidem deles”, diz a carta.
Segundo familiares, carta deixada por Cleuma, em 2022, já indicava que ela poderia ser morta pelo marido
Arquivo pessoal
Após a morte de Celeuma, os três filhos do casal ficaram sob os cuidados da avó materna, segundo o Conselho Tutelar de Buriticupu.

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