22 de setembro de 2024

Empresas se adaptam para receber pessoas com deficiência na região de Jundiaí

Inclusão de PCDs no mercado de trabalho está na lei. Candidatos devem participar em regime de cotas, e algumas empresas já oferecem exemplos de adaptação destes profissionais. Empresas se adaptam para receber pessoas com deficiência na região de Jundiaí
A inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho está na lei. Os candidatos devem participar em regime de cotas, e algumas empresas já oferecem exemplos de adaptação destes profissionais em Jundiaí (SP).
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Para mais de 200 funcionários de uma metalúrgica em Campo Limpo Paulista (SP), a rotina de trabalho é barulhenta, mas para o Adriano, um dos auxiliares, ela é silenciosa.
O Adriano nasceu surdo, e, por conta de sua deficiência, foi difícil encontrar um emprego durante muitos anos. Mesmo quando foi contratado na empresa, a comunicação era complicada, feita por mímicas e escrita. Recentemente, isso mudou, com os funcionários realizando aulas de Libras.
“É bom para interagir com o pessoal. Esse curso que nós fizemos foi de suma importância para a gente conviver com eles aqui no dia a dia de trabalho”, conta o líder de produção Geraldo Oliveira.
Quem auxilia na linguagem brasileira de sinais é a professora de Libras Elaine Bissone, que durante dois meses ensinou os colegas de trabalho do Adriano (confira abaixo um vídeo especial preparado para pessoas surdas).
“A relação melhorou muito, e a comunicação está mais fácil agora. Não é só o funcionário que ganha, é a empresa!”, comenta.
Inclusão: empresas se adaptam para receber funcionários PCDs na região de Jundiaí
“Um ambiente profissional e um ambiente de melhor convívio é quando todos podem se comunicar”, pontua Aline Lucenti, gestora de recursos humanos.
Dados mostram a dificuldade que PCDs têm para conseguir emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 26,5% encontram espaço no mercado de trabalho. Para o restante da população, o nível de ocupação é de mais de 60%.
Uma outra empresa, do setor alimentício, atualmente está com 30 vagas abertas para diferentes cargos, e todas são para pessoas com e sem deficiência. Foi uma maneira que encontraram de dar a oportunidade para todos. No momento da entrevista, os candidatos são selecionados de acordo com suas habilidades e limitações.
“A gente sempre comunica todos os colaboradores envolvidos sobre a deficiência, para incluir esta pessoa”, explica Luciana Reichert, gerente de recursos humanos.
Por conta de uma paralisia cerebral, Breno Camilo Mariano ficou com o lado direito do seu corpo comprometido. Mesmo assim, passou por algumas empresas e, agora, na área de recursos humanos, consegue desenvolver treinamentos com o olhar de quem sente na pele as necessidades dos portadores de deficiências.
“Como eu sou PCD, as pessoas [pensam]: ‘Poxa, dá pra gente seguir nesse mesmo caminho'”, comenta Breno sobre as iniciativas inclusivas.
O João Victor, que faz parte da controladoria, é uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e se sente acolhido e respeitado diante das iniciativas empresariais pensadas para ele.
“Os meus colegas de trabalho sempre perguntam se eu estou confortável, sempre falam de eventos com antecedência para saber se alguma coisa poderia me causar um gatilho ou algo assim. Eles sempre tentam me ajudar e sempre tem paciênicia para instruir. Felizmente eu estou em uma empresa bem acolhedora, que sempre me tratou muito bem. Nem todo mundo tem essa sorte”, comenta João.
Empresas se adaptam para receber pessoas com deficiência na região de Jundiaí
Reprodução/TV TEM
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