22 de setembro de 2024

Sem detalhar, Metrô de BH diz que demissão de 230 funcionários não afetará operações do transporte

Tempo de estabilidade dos funcionários previsto por contrato de concessão chegou ao fim. Superintendência do Trabalho acredita que debate será decidido na Justiça. Passageiros aguardam por um tempo maior no metrô de BH
TV Globo / Reprodução
A Metrô BH, concessionária que administra o transporte na capital, começou o plano de demissão de cerca de 230 funcionários; apesar disso, diz que as operações não serão afetadas. A discussão sobre o desligamento em massa está sendo feita junto ao sindicato e mediada pela superintendência do Ministério do Trabalho.
A empresa não detalhou qual será a ação para evitar falhas e problemas operacionais, recorrentes no primeiro ano da concessionária frente às operações do transporte. Nesse meio tempo, a tarifa subiu de R$ 4,50 para R$ 5,30.
De acordo com a Superintendência do Ministério do Trabalho em MG, o plano inicial da Metrô BH era desligar 270 funcionários. Entretanto, diminuiu esse número para 230 em meio às negociações. A expectativa da pasta é conseguir que o total de demissões chegue a menos de 200.
“Houve um intenso debate. Não lavramos ata a respeito das discussões porque é bem possível que o debate dessas demissões em massa vá parar na Justiça”, disse Carlos Calazans, Superintendente do Ministério do Trabalho em MG.
A primeira reunião de mediação aconteceu na última segunda-feira (1º), momento que começou o plano de demissões. A superintendência diz que deve seguir acompanhando os desdobramentos.
Funcionários na manutenção do metrô de Belo Horizonte.
Jô Andrade/g1 Minas
Negociações entre empresa e categoria
A Metrô BH informou que a estabilidade dos funcionários, prevista por contrato, chegou ao fim em 23 de março e que ofereceu Planos de Demissão Voluntária e o Plano de Demissão Consensual ao longo deste ano.
Diz, ainda, que a mediação “garantiu benefícios sociais para além das leis trabalhistas” após o plano de desligamentos da primeira semana de abril.
O Sindimetro, sindicato da categoria, por sua vez, questiona a empresa, dizendo que não houve apresentação de um calendário de demissões e que a reunião entre concessionária e categoria “não foi aberta ao diálogo”.
Cita, também, que as contrapropostas para resguardar funcionários vulneráveis “não foram ouvidas” e que a empresa “garantirá somente o previsto por lei”.
Passageiros enfrentaram atraso no metrô hoje cedo
Sobre as operações
A empresa não respondeu aos questionamentos do g1 sobre os impactos das demissões nas operações do transporte. No primeiro ano de concessão, o g1 e a TV Globo reportaram diferentes casos de falhas que comprometeram o funcionamento do modal.
Com relação ao assunto, a Metrô BH somente apresentou dados próprios que apontam para melhoras nos índices de evacuação dos trens, tempo médio de percurso e de viagens e atrasos.
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