22 de setembro de 2024

Menina de 2 anos morre após ser liberada 2 vezes de UPA e mãe vê negligência; médico é afastado

Ana Beatriz foi diagnosticada com pneumonia na Santa Casa de Rio Claro (SP), cinco dias depois de apresentar os primeiros sintomas e de ter sido liberada da UPA do 29. Menina de 2 anos morre depois de ser liberada da UPA em Rio Claro
Arquivo Pessoal
Uma menina de 2 anos morreu na Santa Casa de Rio Claro (SP), na sexta-feira (5), depois de ser liberada duas vezes na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do 29, no bairro Estádio.
A mãe da criança acredita em negligência médica, já que, segundo ela, o caso foi tratado sem gravidade e não foram pedidos exames.
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A Prefeitura de Rio Claro disse que abriu uma sindicância para avaliar as circunstâncias do óbito e que um médico foi afastado. (Leia abaixo o posicionamento completo.)
Diagnóstico após 2 liberações em UPA
Menina de 2 anos morre depois de ser liberada de UPA em Rio Claro
Arquivo Pessoal
Ana Beatriz Lima estava com pneumonia, que foi diagnosticada somente na Santa Casa, apenas cinco dias depois da mãe procurar atendimento médico pela primeira vez. Ela teve seis paradas cardiorrespiratórias e morreu pouco depois de dar entrada no hospital.
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“Eu levei ela a primeira vez na segunda, com vômito, dor de ouvido, garganta e gripe. Ela foi atendida e liberada, e a médica não passou remédio pra dor de ouvido. Na quinta eu voltei lá [na UPA] porque a minha filha estava com falta de ar, o médico disse que a respiração tava fraca, mas que ela podia voltar para casa e que se ela piorasse, podia entrar como emergência. Não fizeram nenhum exame nela”, disse a mãe da menina, Letícia Lima.
“O médico [da Santa Casa] explicou que por conta do ouvido começou a criar pus, deu infecção e passou para o pulmão. Pra poder tirar esse pus, tiveram que furar a barriguinha dela”, completou.
Mãe espera por justiça
Ana Beatriz Lima, de 2 anos, morre depois de ser liberada de UPA em Rio Claro
Arquivo pessoal
Agora, em meio ao luto, Letícia tenta encontrar forças para conseguir justiça pela morte de sua filha.
“Eu quero que os médicos sejam punidos e eles paguem. Não era pra minha filha estar morta. Se eles tivessem feito os procedimentos corretos, minha filha estaria aqui comigo hoje”, disse.
“Só quero justiça, prometi para minha filha que iria até o fim pra fazer justiça. E eu vou fazer pra não acontecer com mais ninguém”, completou.
O caso ainda não foi registrado pela Polícia Civil. As identidades do médico afastado e da outra médica não foram divulgadas.
O que diz a Prefeitura de Rio Claro
Confira abaixo a nota enviada pela prefeitura ao portal g1 na íntegra:
“A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro recebeu com tristeza a notícia do falecimento da menina Ana Beatriz e imediatamente determinou a abertura de sindicância para avaliar as circunstâncias do óbito. A empresa terceirizada responsável pelo atendimento foi notificada, afastou preventivamente o médico das atividades e abriu processo administrativo interno para apurações.
A Fundação Municipal de Saúde se solidariza com a família neste momento de dor e tenta contato com a família e está à disposição para prestar o apoio necessário. A Fundação Municipal de Saúde repudia o uso desta fatalidade para fins políticos”.
Outro caso em Casa Branca
No dia 14 de março, dois médicos da Santa Casa de Casa Branca foram afastados, após a morte de um bebê de 1 ano.
O atestado de óbito de Miguel Henrique Nogueira Braga indicou sepse (infecção generalizada) e pneumonia como causas da morte. A criança chegou a ser liberada duas vezes após atendimentos.
Relembre no vídeo abaixo:
Santa Casa de Casa Branca afasta médicos e apura morte de menino de 1 anos e 7 meses
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