10 de janeiro de 2025

Autoridades suspendem execução de mandado de prisão contra presidente da Coreia do Sul

As autoridades policiais sul-coreanas conseguiram passar por apoiadores de Yoon Suk Yeol que fazem barricadas no palácio presidencial, mas entraram em conflito com o serviço de segurança do presidente destituído, recuando da ação. Autoridades sul-coreanas suspenderam, temporariamente, a execução do mandado de prisão contra o presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol.
Em declaração feita à imprensa, as forças policiais disseram ter conseguido entrar nas imediações do palácio presidencial, mas foram confrontados por agentes do serviço de segurança do presidente destituído.
“Em relação à execução do mandado de prisão hoje, foi determinado que a execução será impossível de ser efetivada, por conta do impasse em curso [entre as forças policiais e o serviço de segurança do presidente]”, disse um representante do Ministério Público sul-coreano.
Preocupações quanto à segurança dos agentes no local foram levantadas para justificar a suspensão momentânea.
Forças policiais terem entrado no palácio presidencial, ultrapassando cordões feitos por apoiadores de Yoon Suk Yeol, mas sendo confrontados por agentes do serviço de segurança do presidente destituído.
Yoon Suk Yeol possui contra si um mandado de prisão expedido no dia 31 de dezembro, após o presidente negar-se a prestar depoimento à Justiça.
O presidente sul-coreano está sendo investigado criminalmente por tentativa de insurreição após o decreto de Lei Marcial do dia 3 de dezembro.
A ordem judicial tem validade até a segunda-feira, dia 6 de janeiro, e permite que a polícia matenha Yoon Suk Yeol preso por, no máximo, 48 horas.
Relembre o caso
Yoon Suk Yeol surpreendeu o país ao declarar, em cadeia nacional, uma Lei Marcial, que substituiria a legislação padrão por leis militares e acarretaria a restrição de direitos civis na Coreia do Sul. Na oportunidade, ele dissera que o decreto visava “proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”.
O parlamento reagiu rapidamente ao decreto, revogando de maneira unânime a medida e instaurando um processo de impeachment cuja conclusão ocorreu no dia 14 de dezembro.
Apesar da promulgação do impeachment, Yoon ainda é o presidente da Coreia do Sul. Sua destituição definitiva está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata a decisão do Parlamento.
Enquanto isso, o país está sendo governada interinamente por Choi Sang-mok.

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