Moradores da Pampulha, ativistas e a própria UFMG questionam a realização do evento no entorno do Mineirão, previsto para acontecer de 15 a 18 de agosto deste ano. Protesto foi realizado no último sábado (6).
Jebs Lima/UFMG
Os ingressos para a etapa da Stock Car em Belo Horizonte começaram a ser vendidos na tarde desta segunda-feira (8). O evento, que será realizado na Pampulha em agosto, é centro de polêmicas e alvo de protestos contra o local escolhido.
No último sábado (6), manifestantes se reuniram em frente ao Mineirão, com faixas e cartazes com dizeres como “Fora Stock Car! No Mineirão Não”, “Stock Car na Pampulha Não” e “Respeitem o biotério da UFMG”. Eles fizeram um “abraçaço” em torno da universidade.
Moradores, ativistas e a própria universidade argumentam que o evento trará danos para a comunidade. (relembre o impasse abaixo)
Apesar das investidas contrárias, o evento segue confirmado para ser realizado entre 15 e 18 de agosto, na Pampulha.
As entradas custam de R$ 30 a R$ 1500, divididos entre Arquibancada, Esplanada do Mineirão e lounge VIP. Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.
Manifestantes seguravam cartazes com dizeres contrários à UFMG.
Jebs Lima/UFMG
Manifestantes fizeram um ‘abraçaço’ em torno da UFMG.
Jebs Lima/UFMG
Biotério é o local onde seres vivos ficam reunidos para fins científicos.
Jebs Lima/UFMG
O impasse
A prefeitura fechou um acordo com a empresa organizadora da competição para que BH receba, por cinco anos consecutivos, uma edição anual da corrida.
Para isso, intervenções deveriam ser feitas nos arredores do Mineirão, sendo necessário derrubar mais de 60 árvores, a maioria delas saudável.
A derrubada das árvores aconteceu em 28 de fevereiro, já sob protesto de manifestantes no local, que questionavam a realização do evento naquela localização.
Como resposta, a Prefeitura afirmou que já fez o replantio dessas árvores e que fará de mais outras centenas de mudas ao longo dos próximos anos.
Posteriormente, a UFMG também se posicionou oficialmente contra a realização do evento na Pampulha. A universidade alega que sofrerá impactos significativos, sobretudo para bichos que estão no Hospital Veterinário, por causa do barulho, e para o acesso ao campus.
O caso começou a ser analisado pelo Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que está mediando as negociações entre a UFMG e a Prefeitura. Ainda não há informações sobre o andamento desse processo.
Vídeos mais assistidos do g1 MG