9 de janeiro de 2025

Sudema descarta poluição como causa da morte de moreias encontradas em praias de João Pessoa e investiga ação humana


Pesquisadores identificaram que as barbatanas de alguns peixes foram cortadas, e a principal suspeita é que as moreias tenham sido usadas como isca para pesca Mais de 139 moreias são encontradas mortas em praias de João Pessoa
TV Cabo Branco/reprodução
A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) descartou a hipótese de que as mais de 130 moreias, encontradas mortas em praias de João Pessoa, tenham morrido devido à poluição das águas ou por infecções causadas por vírus e bactérias. A investigação continua para apurar a suspeita de ação humana no caso, que ocorreu no dia 26 de dezembro do ano passado.
Em entrevista à CBN João Pessoa, o superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcanti, informou que a Sudema esteve nas praias e coletou diversas amostras: moreias mortas, água da praia, água dos recifes e água do alto-mar. Os peixes foram enviados para pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, que realizaram as autópsias.
As análises constataram que não havia poluição nas águas e que os animais não morreram devido a vírus ou bactérias. No entanto, os pesquisadores observaram que as barbatanas de alguns peixes estavam cortadas por um objeto cortante, como uma faca. Dessa forma, a suspeita de ação humana ganhou força.
Devido ao baixo valor comercial das moreias e a partir de conversas com pescadores da região, as equipes descobriram que a espécie é utilizada em um tipo específico de pesca. Pescadores também relataram ter visto embarcações de fora da comunidade pesqueira nas praias, transitando entre Cabedelo e Conde.
“Essa suspeita (ação humana) ganhou mais evidência. Eu entrei em contato com o capitão dos portos da Paraíba e conversei com ele. A Capitania está tentando identificar quais embarcações eram essas, para que possamos continuar com as investigações. Mas tudo indica que foi uma ação humana”, afirmou Marcelo Cavalcanti.
O superintendente também ressaltou que ainda é necessário identificar os barcos para verificar se a pesca realizada está dentro da legalidade.
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