10 de janeiro de 2025

Corpo de fotógrafo brasileiro que desapareceu na França é encontrado no rio Sena


O corpo foi encontrado no sábado (4). Segundo amigos, a hipótese da polícia francesa é que a morte foi ocasionada por afogamento, sem sinais de violência. Corpo de fotógrafo brasileiro é encontrado em Paris
O corpo do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, foi encontrado no rio Sena, em Paris, na França. Ele estava desaparecido desde o dia 26 de novembro do ano passado. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
O corpo foi encontrado no sábado (4). Segundo amigos, a hipótese da polícia francesa é que a morte foi ocasionada por afogamento, sem sinais de violência.
Flávio de Castro Sousa, de 37 anos, desaparecido desde o último dia 26.
Arquivo Pessoal
Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre quando Flávio pode ter se afogado ou sobre o estado de decomposição do corpo. Também não foi informado pelo Itamaraty ou por amigos detalhes sobre como pode ter ocorrido o afogamento.
Em dezembro do ano passado, a polícia francesa fez buscas em necrotérios e hospitais. As bagagens do fotógrafo foram analisadas por um adido da Polícia Federal do Brasil no país europeu. Amigos e familiares se mobilizaram para conseguir mais informações e descobrir o paradeiro de Flávio.
O Ministério das Relações Exteriores informou, por nota, que o Consulado-Geral do Brasil em Paris recebeu nesta quinta-feira (9) a informação da morte do brasileiro.
“O Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com os familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular”, disse a pasta, por nota.
Quem era a vítima
Morador de Belo Horizonte, Flávio de Castro Souza chegou à capital francesa em novembro do ano passado, e tinha uma passagem de volta ao Brasil para a mesma data em que sumiu (leia mais abaixo). O fotógrafo tinha o hábito de visitar o país europeu a trabalho.
O mineiro era formado em artes plásticas pela Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e sócio da empresa Toujours Fotografia junto a Lucien Esteban.
Nas redes sociais, o brasileiro se apresentava como Flávio Carrilho e dizia ser um entusiasta da fotografia analógica. As últimas postagens dele foram feitas em 25 de novembro, um dia antes do desaparecimento.
‘Ele é meu mundo’, diz mãe de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris
Uma das publicações mostra um retrato do artista em frente ao Museu do Louvre, o maior museu de arte do mundo, com uma câmera nas mãos. Outros posts são fotos de pontos turísticos de Paris, como a Catedral de Notre-Dame e a Pont Neuf.
O fotógrafo desapareceu em 26 de novembro, data em que voltaria para o Brasil. Ele foi visto pela última vez em um apartamento de aluguel por temporada na Rue des Reculettes, em Paris, na França.
Apesar de o check-in para o voo de retorno ter sido feito na companhia aérea, ele não embarcou. Um amigo próximo de Flávio recebeu uma mensagem de um conhecido francês dizendo que o mineiro se acidentou e recebeu atendimento no Hôpital Européen Georges-Pompidou no mesmo dia.
“O problema é que meu voo para o Brasil sai daqui a algumas horas e fiquei preso no hospital até que um médico venha me examinar”.
Troca de mensagens entre brasileiro desaparecido na França e um amigo
Reprodução/TV Globo
Após ser liberado, ainda segundo o homem, ele se dirigiu ao apartamento alugado por temporada para tentar estender a estadia e, depois, não deu mais notícias. Os pertences do brasileiro, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel pelo francês.
A mãe de Flávio, então, começou a ligar insistentemente para o celular dele e, na madrugada do dia 28, o funcionário de um restaurante atendeu. Ele não falava português e passou a ligação para um colega brasileiro, que explicou que o aparelho foi encontrado em um vaso de plantas no início da manhã do dia 27, na porta do estabelecimento.
Conforme a família, a embaixada brasileira foi acionada, solicitando que a Interpol emitisse um alerta para localizar o fotógrafo e que as autoridades francesas investigassem o caso.
Em 4 de dezembro de 2024, Flávio foi incluído na Difusão Amarela da Interpol. A lista contém nomes de pessoas desaparecidas ao redor do mundo e emite um alerta para as forças policiais dos países membros da organização internacional.
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