16 de janeiro de 2025

Professores de 5 municípios do RJ reclamam de atrasos nos salários


São João de Meriti, São Gonçalo, Rio Bonito, Teresópolis e Seropédica estão com esta questão em aberto. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação acompanha com preocupação os atrasos. Professores de 5 municípios do RJ reclamam de atrasos nos salários
Reprodução/TV Globo
Professores da rede municipal de pelo menos cinco municípios do estado do RJ dizem que estão com os salários ou parte dos salários atrasados. São João de Meriti, São Gonçalo, Rio Bonito, Teresópolis e Seropédica estão com esta questão em aberto. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação acompanha com preocupação os atrasos.
Em São João de Meriti, o prefeito Léo Vieira, do Republicanos, ainda não depositou o 13º salário para os aposentados. A Dona Rosângela teve que pagar algumas contas com o cheque especial.
“Em São Joao de Meriti, a realidade é muito caótica. Você fica sem o seu salário? Eles também não podem ficar e não tem condições das pessoas, principalmente aposentados, que precisam de medicação, que precisam pagar suas contas. Que são quase todos os arrimos de família e vivem sozinhos, ficarem sem os seus salários. Isso é uma desumanidade”, diz Rosângela Rodrigues Dietrich Breuer, professora aposentada.
Professores da ativa de outros municípios também estão sofrendo com atrasos nos salários. Esse é um período de férias escolares, em que os mestres deveriam estar aproveitando com tranquilidade. Mas as últimas semanas têm sido de preocupação enquanto não recebem o que tem direito.
Em São Gonçalo, a categoria afirma que o prefeito reeleito Capitão Nelson, do PL, não pagou o 13º de forma correta. faltaram adicionais como as horas extras e as dobras de horário.
“Os professores da rede municipal de São Gonçalo trabalharam fazendo hora dobrada, que é chamado de jornada suplementar. Chega no final do ano, a surpresa da prefeitura não pagar o décimo terceiro sobre esse tempo trabalhado. É um absurdo, é um ataque aos profissionais de educação, é mais uma exploração”, diz um professor que trabalha na cidade.
A prefeitura de Rio Bonito ainda não pagou dezembro de 2024 e o 13º das férias de janeiro para os professores da ativa. O novo prefeito, Marcos Abrahão, do União, decretou estado de calamidade financeira no município.
Os professores de Teresópolis estão sem o 13º salário e um terço das férias. O novo prefeito da cidade, Leonardo Vasconcellos, do União Brasil, ainda não deu previsão.
Flávio Lopes de Oliveira, professor da rede municipal de Teresópolis, fala sobre as dificuldades que vive.
“Isso vem dificultando minha organização financeira, dificultando os compromissos que eu havia assumido, e gerando, óbvio, muita instabilidade pra esse início de ano”.
Itaguaí deixou, somente na terça-feira (14), a lista das prefeituras que deviam algum pagamento aos professores. As férias caíram, depois de uma semana de espera e o pagamento só aconteceu depois de uma reunião com o presidente da Câmara, Hadolinho, do PDT, que responde interinamente pela prefeitura depois que a posse de Rubão, do solidariedade ainda aguarda uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O que dizem as prefeituras
Ao RJ2, Seropédica disse que o atraso no pagamento dos professores se deve ao não repasse de verbas obrigatórias da união. E que ainda esta semana será divulgado o cronograma de pagamento.
A prefeitura de São João de Meriti disse que decretou calamidade financeira ao encontrar uma dívida de mais de R$ 400 milhões, mas que concentra esforços em regularizar o pagamento dos servidores, referente ao mês de dezembro. Já o pagamento do décimo terceiro dos aposentados da educação será feito mediante a disponibilidade financeira dos cofres públicos.
A prefeitura de São Gonçalo informou que a jornada suplementar é uma de verba de natureza transitória e eventual, não sendo incluída no cálculo do décimo terceiro salário.
Teresópolis disse que está programada para o dia 22 de janeiro uma reunião entre a prefeitura e representantes do Sepe para tratar do pagamento do 13º salário e do terço das férias.
Itaguaí disse que a falta de transição entre as gestões causou entraves que dificultaram operações bancárias. Ainda segundo a gestão municipal, outro motivo para o atraso foi a falta de saldo nas contas da prefeitura.
A prefeitura de Rio Bonito não respondeu ao RJ2.

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