Paço afirma que, dos 26 mil pedidos de afastamento registrados em 2024, 8,5 mil casos aguardam perícia médica e 1,5 mil servidores já estão afastados. Caso é investigado pelo Ministério Público. Paço Municipal de Goiânia
Foto: Vanessa Chaves/G1
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, revelou que cerca de 100 casos de atestados médicos entregues por servidores públicos são comprovadamente falsos. Em 2024, foram registrados cerca de 26 mil processos de pedidos de afastamento de servidores públicos municipais. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga uma suposta má gestão desses atestados.
“Nós já temos cento e tantos casos com filmagem, com comprovação de gente que está de atestado e não está doente coisíssima nenhuma”, afirmou Sandro Mabel, em entrevista coletiva.
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Dos pedidos de afastamento registrados em 2024, 8,5 mil casos aguardam perícia médica e 1,5 mil servidores já estão afastados, conforme informado pela prefeitura. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores de Goiânia (SindiGoiânia) contesta os números. De acordo com o presidente Ronaldo Gonzaga, um levantamento feito pelo sindicato indica que, nessa quinta-feira (16), existem menos de 800 servidores efetivos afastados no município.
“Numa gestão onde temos aproximadamente 30 mil servidores e 26 mil, no ano, estiveram de atestado, é muito. Isso realmente tem que ser verificado”, afirmou Gonzaga.
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Investigação dos atestados médicos
Sindicato contesta número de 26 mil pedidos de afastamentos na Prefeitura de Goiânia
O MP-GO apura o caso, mas não confirma os números. Em nota, o órgão informou que “existe uma investigação em andamento na 50ª Promotoria de Goiânia que apura ‘suposta má gestão de afastamentos temporários (licença-saúde e outros) no âmbito da Junta Médica do Município de Goiânia’”.
De acordo com o Ministério Público, a investigação ainda está em fase inicial e não é possível determinar o número real de servidores afastados e de pedidos de perícia médica na Prefeitura de Goiânia.
O presidente do SindiGoiânia afirmou que casos comprovados de falsos afastamentos precisam ser punidos.
“Se tem atestado falso, se tem algum rolo por parte do servidor, tem que ser verificado e penalizado, exonerado”, afirmou Ronaldo.
No entanto, o sindicato pede cautela ao divulgar números: “o que não pode é criminalizar o servidor público”, declarou ainda Gonzaga.
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