23 de setembro de 2024

Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM que pretende privatizar

O valor será utilizado para trocar 80 mil dormentes e quase 200 quilômetros de trilhos. Segundo dados da própria CPTM, o trajeto do passageiro pode aumentar em até 14 minutos por problemas de manutenção. Falha afeta circulação de trens na Linha 11 – Coral da CPTM
Reprodução/TV Globo
O governo de São Paulo anunciou que vai investir R$ 450 milhões de reais em linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A gestão estadual pretende privatizar parte das linhas que irão receber investimentos.
O valor será utilizado para trocar 80 mil dormentes – peças de madeira que compõem os trilhos – e quase 200 quilômetros de trilhos. O contrato com as empresas que serão responsáveis por realizar o serviço, foi homologado no final do mês de março, pouco depois do leilão da Linha 7 – Rubi.
A concessão das linhas 11–Coral, 12–Safira e 13-Jade está prevista para este ano.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu o investimento. “A gente tem que continuar fazendo a manutenção e vamos estruturando paulatinamente e, de forma simultânea, os projetos de concessão. Lá na frente, o projeto de concessão deu certo, a gente transfere esse encargo para concessionaria”, afirma.
Falta de manutenção dos trilhos
Segundo dados da própria CPTM, a viagem dos passageiros chega a levar até 14 minutos a mais de trajeto por problemas na falta de manutenção dos trilhos.
Quando é identificado algum problema na linha, por segurança, os trens são obrigados a reduzir a velocidade.
A Linha 7 – Rubi, é a mais afetada: a viagem chega a levar 14 minutos a mais por excesso de desgaste nos trilhos e risco de queda da cobertura de uma plataforma. Quando ocorre um problema, os trens são obrigados a reduzir a velocidade em dez trechos do trajeto entre a Luz e Jundiaí.
As linhas 11 – Coral e 12 – Safira sofre com os mesmos problemas
Na Linha 10-Turquesa, os trens sofrem com desnivelamento da via e desgaste dos dormentes.
A CPTM disse que faz a manutenção preventiva e corretiva da malha de trilhos e que, independentemente de eventuais concessões, a responsabilidade sobre a operação é do estado.

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