23 de janeiro de 2025

Filho aparece em vídeo agredindo mãe com cintadas e alega à polícia desespero por recusa a tratamento contra dependência


Polícia Civil de Sertãozinho (SP) instaurou inquérito para apurar crime de lesão corporal no contexto de violência doméstica. Mãe e filho foram orientados a procurar serviço de assistência social. Filho agride mãe; ele alegou desespero após sumiço da mulher, que é usuária de drogas
A Polícia Civil em Sertãozinho (SP) investiga um homem de 21 anos por violência doméstica após um vídeo dele agredindo a mãe com um cinto circular pela internet. O suspeito afirma que a agressão, filmada pela esposa dele, ocorreu por desespero após a mãe que, segundo ele é dependente química, ficar três dias desaparecida.
O vídeo (as imagens acima são fortes) foi gravado nesta terça-feira (21) e compartilhado nas redes sociais. No boletim de ocorrência, guardas civis municipais informaram que tomaram conhecimento da agressão, que aconteceu no distrito de Cruz das Posses, e foram ao local averiguar.
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Segundo os guardas, a mulher que aparece nas imagens contou que saiu de casa na noite de sexta-feira (17), sem avisar o filho, e que voltou na terça-feira de manhã. De acordo com a mulher, ela e o rapaz discutiram e ele bateu nela com a cinta.
Mãe e filho foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e encaminhados à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para registro da ocorrência.
Filho aparece em vídeo agredindo mãe em Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho, SP
Redes Sociais
Depoimentos
De acordo com a delegada Raphaela Sanches Corrêa, em depoimento, a mulher contou que é usuária de drogas e tem o hábito de sair de casa sem dar notícias enquanto fica fora. O filho dela admitiu as agressões, mas disse que agiu porque estava transtornado com a falta de informações sobre o paradeiro da mãe.
“O agressor confessou que realmente agrediu a vítima, disse que ficou transtornado com o desaparecimento de sua mãe e que não é a primeira vez que ela desaparece. Disse ainda que ela não aceita tratamento médico, o que torna difícil a situação familiar.”
Ainda segundo a delegada, a versão dada pelo filho foi confirmada por testemunhas.
A mulher foi orientada pela Polícia Civil sobre a possibilidade de obter uma medida protetiva na Justiça, mas recusou o pedido. Segundo ela, esta foi a primeira vez que o filho a agrediu.
O homem responderá por lesão corporal praticada no contexto de violência doméstica. A pena varia de dois a cinco anos.
A delegada informou que mãe e filho foram orientados a procurar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para que ela possa receber a ajuda necessária por causa do vício.
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