23 de setembro de 2024

Exército confirma que Mauro Cid não está apto a ser promovido a coronel

O Exército confirmou que o tenente-coronel Mauro Cid está impedido de ser promovido para o posto de coronel.
A justificativa é que Cid está preso, o que consta como um impeditivo na Lei de Promoção dos Oficiais da Ativa das Forças Armadas.
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores.
Em setembro, após quase seis meses detido, Cid fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, que foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o ex-assessor de Bolsonaro foi solto.
Só que, em março desta ano, Cid desobedeceu termos do acordo de delação, segundo a Justiça, ao aparecer em áudios reclamando dos métodos do Judiciário e da Polícia.
Ele foi preso pela segunda vez em 23 de março.
Cid foi indiciado junto de Bolsonaro e outras 15 pessoas pela falsificação de cartões de vacina. A PF imputou ao militar os crimes de:
Falsidade ideológica de documento público
Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações
Uso de documento falso
Associação criminosa
Golpe de estado
No processo de delação premiada, Cid prestou uma série de depoimentos que auxiliaram a PF em apurações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, como a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022, para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República.

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