Maria Jocilene da Silva foi uma das nove pessoas envenenadas no dia 1º de janeiro deste ano. Dentre elas, cinco morreram e quatro receberam alta. Um homem de 53 anos está preso suspeito desse crime. Hospital Dirceu Arvoverde (Heda), em Parnaíba
Tiago Mendes/ TV Clube
Uma das vítimas do arroz envenenado no Piauí, Maria Jocilene da Silva, que voltou a ser hospitalizada na quarta-feira (22), está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, litoral do estado, conforme divulgado nesta quinta-feira (23).
Em nota, o hospital informou que trabalha em conjunto com o Instituto de Medicina Legal (IML) para identificar o que levou a mulher a ser hospitalizada novamente 20 dias após ter tido alta da internação devido à ingestão do arroz envenenado no dia 1º de janeiro.
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No comunicado à imprensa, o HEDA informou apenas que a paciente está sob cuidados médicos intensivos e que, no momento, seu quadro “é estável e requer atenção”.
Maria Jocilene é uma das nove pessoas que comeram o arroz envenenado no dia 1º de janeiro. Na época, ela recebeu alta no dia seguinte. Na quarta (22), a mulher estava visitando a casa onde o crime aconteceu quando passou mal e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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Cinco pessoas morreram
Cinco pessoas morreram após comer o arroz envenenado. O principal suspeito do crime é Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto de uma das vítimas.
Ele foi internado junto com os outros familiares, com supostos sintomas de envenenamento, mas teve alta do hospital no mesmo dia e está preso temporariamente desde 8 de janeiro. A Polícia acredita que ele fingiu passar mal e, na verdade, comeu uma porção de arroz sem o veneno.
Família envenenada com arroz
Da esq. para a dir.: Francisca Maria (mãe), Maria Lauane (filha), Igno Davi (filho), Manoel Leandro (irmão) e Maria Gabriela (filha)
Arquivo pessoal/Montagem
Um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que o arroz estava contaminado com terbufós, uma substância tóxica semelhante ao chumbinho utilizada em pesticidas e cuja venda é proibida no Brasil. Veja, abaixo, quem consumiu o alimento:
Francisca Maria da Silva, de 32 anos (mãe de Maria Gabriela) – morta;
Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (tio de Maria Gabriela) – morto;
Maria Gabriela da Silva, de 4 anos – morta;
Maria Lauane da Silva, de 3 anos (irmã de Maria Gabriela) – morta;
Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses (irmão de Maria Gabriela) – morto;
Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos (padrasto de Francisca Maria) – recebeu alta e está preso suspeito do crime. A Polícia investiga se ele realmente comeu o alimento;
Uma adolescente de 17 anos (tia de Maria Gabriela) – recebeu alta;
Maria Jocilene da Silva, de 32 anos (vizinha da família) – recebeu alta e foi socorrida novamente nesta quarta;
Um menino de 11 anos (filho de Maria Jocilene) – recebeu alta.
Padrasto é suspeito do crime
Francisco de Assis Pereira da Costa, o padrasto da mãe de Maria Gabriela, nega que tenha envenenado a família, mas admitiu ter “nojo e raiva” da enteada e não gostar dos filhos dela.
Dentre os motivos que levaram à prisão de Francisco, a polícia afirmou que ele deu versões diferentes sobre o ocorrido e que houve contradições entre os depoimentos dele e dos demais familiares.
Padrasto de mulher morta por envenenamento no PI é preso suspeito do crime; outros 4 morreram
Montagem
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