Empresa Power, de São Carlos (SP), diz que tem pendências nas entregas e que clientes afetados estão recebendo os valores e estornos via cartão e outros aguardando novo prazo. Moradores de São Carlos acusam loja de eletrônicos de não entregar celulares
Um grupo de moradores de São Carlos (SP) acusa uma loja de eletrônicos de vender celular e não entregá-los. Alguns clientes fizeram a compra em 2023 e até agora não receberam o aparelho e o valor pago.
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Em nota, a empresa Power afirmou que todos os clientes afetados estão recebendo os valores e estornos via cartão. Disse ainda que outros clientes, que ainda não receberam, aguardam um novo prazo.
Em uma mensagem enviada para a EPTV, afiliada da TV Globo, a empresa admitiu que está com pendências nas entregas, mas afirmou que as acusações de clientes são falsas.
Sem celulares
A autônoma Viviane Geraldo Petrucelli e o marido compraram o celular no dia 20 de dezembro de 2023. O aparelho era para a filha, mas o presente de Natal nunca chegou.
“Meu marido fez a compra presencial com o cartão na loja, mas eles não tinham à pronta entrega, que era para aguardar. Paguei com o cartão e aguardei eles fazerem a entrega do celular, mas até então nada”, afirmou.
Fachada tem aviso informando que loja de São Carlos está em manutenção
Reprodução/EPTV
Na época, a empresa enviou para ela o boletim de ocorrência dizendo que 170 aparelhos foram roubados enquanto eram transportados para as lojas que ficam em São Carlos e Ribeirão Preto.
Sem previsão de receber o produto, ela tentou fazer estorno do pagamento. “Eles fizeram estorno para mim, o banco, isso de dezembro para janeiro, me devolveram todas as parcelas, mas chegou em fevereiro e novamente veio cobrança. Entrei em contato mais uma vez com meu banco, meu banco dizendo para mim que a loja não teria autorizado o estorno do valor do celular que eu havia comprado.”, afirmou a autônoma que teve prejuízo de R$ 1,3 mil e fez uma denúncia no Procon.
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Devolução parcial
A comerciante Gisele Cristina do Nascimento também comprou um aparelho em dezembro de 2023, por R$ 3 mil. Uma parte foi paga em dinheiro e a outra no cartão de crédito.
“Eu pedi o a devolução do meu dinheiro em PIX, eles devolveram tudo certinho, mas o valor do cartão de crédito não estornaram. Aí eu saí no prejuízo porque o banco falava que eles tinham que aceitar, eles jogavam a culpa pro banco. Então, eu saí no prejuízo”, afirmou.
Na época a loja de celulares funcionava em um shopping de São Carlos, mas agora está na Avenida Sallum com a Cândido Padim, na Vila Prado.
Clientes afirmam que compraram produtos de loja de eletrônicos em São Carlos, mas não receberam
Reprodução/EPTV
‘Perdi o sono’
A compra do celular do encarregado de produção Evandro Marques de Souza aconteceu em 14 de dezembro de 2024.
“A gente tem um amigo que indicou para gente. Ele já inclusive comprou com essa loja e deu certo, ele falou atrasou só uns dois dias, mas eu consegui retirar. Eu nem pesquisei muito e tinha um preço atrativo, com um descontinho de uns R$ 300. Meu aparelho custou R$ 3.300 e na outras lojas eu tava conseguindo a R$ 3.700, R$ 3.800. E infelizmente, eu acho que na minha vez não deu certo. De lá para cá só dor de cabeça, viu? Eu perdi sono com isso inclusive, porque a gente fica lá cobrando, eles ficam enrolando”, afirmou.
Os clientes disseram que a loja já está fechada há algum tempo. Um aviso no local indica o fechamento por manutenção e as pessoas podem entrar em contato por um número de WhatsApp.
“Eles não atendem. Você manda mensagem no WhatsApp, eles não respondem. É um caos”, disse Gisele.
Advogado orienta a procurar o Procon
O advogado André Scalli explica que é importante procurar Procon. “Até para resolver a questão da forma mais rápida possível e menos judicial possível. No caso aqui, como me parece que não foi resolvido o problema, aí sim judicializar a questão. Realizar um boletim de ocorrência para averiguação de alguma atitude dolosa da empresa ou se foi realmente uma questão de distribuição do produto”. ressaltou.
Advogado orienta que Procon seja acionado por clientes supostamente lesados por loja de São Carlos
Reprodução/EPTV
Caso a justiça entenda que os clientes foram são vítimas de golpe, a empresa deverá responder por isso.
“Todos que foram lesados vão poder ajuizar uma ação para receber o seu dinheiro de volta ou ter recebimento do produto. Aí vai ser ponderado se há ou não os danos morais de acordo com o caso específico”.
VÍDEOS DA EPTV:
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