Grupo pediu dinheiro de usuário para finalizar processo de transferência veicular. Um ex-servidor também foi alvo da operação. Foto mostra Polícia Civil cumprindo mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados
Divulgação / Polícia Civil
Despachantes e servidor são alvos de operação contra corrupção no Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Goiás (Detran-GO), segundo a polícia. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos investigados, em Goiânia e Abadia de Goiás, na Região Metropolitana, nesta quarta-feira (29). Um ex-servidor do Detran-GO também foi alvo da operação.
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Como os nomes deles não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar a defesa para solicitar posicionamento.
Os crimes aconteceram de 2022 a 2024, segundo a Polícia Civil (PC). Segundo a delegada do caso, Tatiana Barbosa, o grupo pediu dinheiro de um usuário do serviço para que o processo de regularização veicular que ele esperava, uma transferência de veículo, fosse finalizado. O usuário teria reclamado que o processo estava parado há mais de um ano.
Tatiana informou que o grupo pediu de 500 a 700 reais para finalizar este processo de transferência. “Essa solicitação foi feita por intermédio da despachante. Não foi uma solicitação direta ao usuário do serviço. […] Foi pedido o dinheiro para dar andamento e finalização neste processo”, segundo a delegada.
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Os quatro envolvidos são investigados por corrupção passiva e associação criminosa. “Se há solicitação de vantagem indevida por qualquer servidor público para que ele faça um ato que já é atribuição dele, isso configura o crime de corrupção passiva”, explicou a delegada.
A investigação começou após o próprio Detran-GO identificar as irregularidades e encaminhar a situação à polícia. O g1 solicitou nota de posicionamento ao órgão, que não respondeu até a última atualização desta matéria.
Além disso, o g1 também pediu que o Governo de Goiás enviasse uma nota sobre o ocorrido, mas não houve resposta até a última atualização deste texto.
Com a diligência, foram apreendidos celulares e documentos que contribuam para a investigação. Além disso, houve quebra dos sigilos: fiscal, bancário, telemático e dos dados telefônicos. A possibilidade do crime ter causado prejuízo, por exemplo, ao Estado, ainda será apurada.
A Operação foi deflagrada pela PC, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap).
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