Favorito à presidência do Senado, Davi Alcolumbre corre para fechar negociação por espaços entre partidos aliados e evitar disputa entre legendas opositoras entre si. Senador Flávio Bolsonaro
Marcos Oliveira/Agencia Senado
Favorito à presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) conseguiu costurar um acordo entre PT e PL para evitar disputa a por cargos na Mesa Diretora. Pela negociação, caberá ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 1ª vice-presidência e a Comissão de Segurança, que deve ser comandada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Já ao partido do presidente Lula (PT) caberá a segunda vice-presidência, a ser ocupada por Humberto Costa (PT-PE), e a indicação a duas comissões.
A tradição no Senado é distribuir as comissões e os postos na Mesa Diretora de acordo com o tamanho das bancadas. O PL tem a segunda maior; PT fica em quarto lugar. As duas legendas, ambas no arco de alianças de Alcolumbre, estão em lados opostos na política nacional.
LEIA MAIS
PL conta com filhos de Bolsonaro para conquistar comissões-chave no Congresso
Centrão e governo negociam espaços, e ala defende Lira na Esplanada
Secretário de Segurança do RJ admite que possa haver agentes do Estado vazando informações para facções
Guilherme Balza: PSD vive estranhamento com governo Lula
O PL, portanto, deve indicar o senador Eduardo Gomes (PL-TO), que chegou a ensaiar uma candidatura própria, para a 1ª vice-presidência. A comissão que o partido deve pleitear é a de Segurança Pública, alinhada às pautas prioritárias da legenda.
Já o PT, além de Humberto Costa, deve comandar a Comissão de Educação com Tereza Leitão (PE) e a de Meio Ambiente com Fabiano Contarato (PT-ES).
Outros postos estão sendo alinhavados. A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante, deve ficar com o PSD, a maior bancada. O favorito é Otto Alencar (PSD-BA). O PSD também deve ficar com a de Relações Exteriores, com Nelsinho Trad (PSD-MS).
A CAE (de Assuntos Econômicos) deve ser comandada por Renan Calheiros (MDB-AL).