Publicação em que os dois animais correm um atrás do outro tem mais de um milhão de visualizações. Situação curiosa aconteceu na beira do Rio Doce, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo. Capivara brinca com cachorro no calçadão em Colatina
Um cachorro e uma capivara brincando de “pega-pega” divertiram quem passava pela Avenida Beira Rio, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na noite da última terça-feira (28). O vídeo, que já tem mais de um milhão de visualizações, mostra o cãozinho caramelo Marley correndo atrás do animal entre as árvores e no meio do calçadão.
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Nas imagens, é possível ver que o cachorro corre em círculos e late várias vezes para a capivara, mas o animal não consegue pegar o doguinho. O vídeo foi gravado na beira do Rio Doce, no Centro da cidade, local conhecido pela presença de algumas capivaras.
O operador de caixa Thayler Aragão dos Santos, de 23 anos, passeava pelo local quando viu a cena e não resistiu a fofura dos dois.
“Eu achei muito fofo ao ver e por parecer uma brincadeira. Os dois ficaram brincando ali por volta de uns 15, 20 minutos no máximo, e o cachorro se cansou e seguiu para o centro. Já a capivara desceu novamente para o rio. As demais pessoas também se divertiram ao ver a cena”, comentou o jovem.
Vídeo de cachorro caramelo e capivara brincando em calçadão de Colatina, no Espírito Santo, viralizou nas redes sociais
Reprodução/Redes sociais
O rapaz relatou ainda que, de início, pensou que o cachorro era de rua, mas que depois da publicação do vídeo, os tutores do Marley entraram em contato com ele.
“Eles entraram em contato comigo super alegres que o cachorro tinha viralizado. Eles disseram que geralmente o Marley costuma dar esse ‘rolê’ pelo Centro e logo depois ele volta para a casa dele”, contou.
O vídeo termina com a capivara não conseguindo pegar o cachorro, que voltou ileso e sem mordidas para casa.
Brincadeira com cuidados
Ao postar o vídeo, o jovem não imaginava que a brincadeira simples entre um cachorro e uma capivara bombaria tanto na internet.
Na manhã de quinta-feira (30), a publicação já contava com mais de 1.600 comentários. São interações como: “Só nessa brincadeira a capivara queimou 3.000 mil calorias”; “Na realidade, o caramelo é o preparador físico da capivara, ela começou o projeto verão cedo”.
Quem passava perto disse que cachorro e capivara ficaram brincando cerca de 20 minutos na beira do Rio Doce em Colatina, Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
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Mas, durante a interação entre os dois, surgiu uma preocupação de quem estava por perto: que o cachorro pudesse ser mordido pelo animal.
“Assim como eu, quem estava perto também ficou preocupado por talvez não ser totalmente brincadeira da parte da capivara. Por mais que eu ache as capivaras muito fofas, mas me preocupou pelo fato do carrapato da capivara e suas doenças”, apontou.
Grande parte dos comentários nas redes também é de pessoas levantando a possibilidade da brincadeira terminar em mordida e outros usuários relatam que já tiveram os cães mordidos por capivaras.
O g1 conversou com um biólogo, Saulo Ramos, que explicou sobre o perigo de interações como essa.
“As pessoas tentam proximidade porque a capivara hoje virou um símbolo carismático nas redes sociais. Mas as pessoas não têm noção do risco que isso representa. Existe a possibilidade da capivara ser mordida e o animal tem dentes grandes e fortes de roedor. Também existe a possibilidade de a capivara passar doenças para o cachorro, como a contaminação pelo carrapato-estrela e outras espécies de carrapatos e pulgas”, pontuou.
Vídeo de cachorro caramelo e capivara brincando em calçadão de Colatina, no Espírito Santo, viralizou nas redes sociais
Reprodução/Redes sociais
O carrapato-estrela é o responsável pela febre maculosa, uma doença infecciosa que tem como sintomas lesões pelo corpo, febre, olhos vermelhos, dor de cabeça, entre outros.
As capivaras podem chegar até 60 kg e o biólogo também destacou que a presença desses animais tem sido mais frequente em todo o país.
“A frequência das capivaras tem aumentado em todas as regiões porque ela não tem predador natural. Ela continua se reproduzindo e encontra facilidade para se abrigar em rios, lagoas e até no mangue. Ela acabou virando um símbolo carismático nas redes sociais”, contou.
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