2 de fevereiro de 2025

Lula diz que Kassab foi injusto na fala sobre Haddad: ‘Acho um ministro extraordinário’


Presidente conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com jornalistas.
Guilherme Mazui/g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (30) a situação envolvendo o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta (29) chamando-o de “fraco” e afirmando que ele não consegue comandar a economia do país.
Segundo Lula, Kassab foi injusto na fala sobre Haddad. Lula também disse que riu sobre outra fala de Kassab sobre Lula não ser reeleito. O presidente também elogiou Haddad dizendo que ele é um ministro extraordinário.
“Eu comecei a rir [sobre Kassab]. Quando ele disse se a eleição fosse hoje eu perderia. Eu percebi que a eleição é daqui a. Dois anos, fiquei despreocupado”, afirmou Lula.
Lula citou que Haddad atuou na PEC da Transição, na definição do novo arcabouço fiscal e na reforma tributária.
“Não tem eleição agora, eu estou tranquilo”, afirmou em outro momento.
Kassab, que também é secretário de governo em São Paulo, fez essas declarações durante um evento com investidores, destacando a dificuldade de Haddad em se impor no governo.
Reforma ministerial e oposição
Lula iniciou discussões sobre uma reforma ministerial para fortalecer a base do governo no Congresso.
A reforma visa atrair apoio de partidos do Centrão, como o PSD, que buscam mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
A expectativa é que as mudanças sejam definidas até fevereiro, após o recesso parlamentar.
Nesta quinta, o presidente afirmou que não é um tipo de pessoas que “coloca a culpa no outro”.
A declaração vem depois da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, soltar uma nota dizendo que a decisão desta quarta (29) do Comitê de Política Monetária (Copom), que subiu a taxa Selic em um ponto percentual, já estava tomada na direção anterior do Banco Central.
Eleições no Congresso
A eleição para a presidência da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro, pode impactar a relação do governo com o Congresso.
A mudança de líderes partidários e a escolha de novos coordenadores de bancadas, como a evangélica, são pontos de atenção para o Palácio do Planalto, que busca manter uma base aliada forte para aprovar suas propostas
Em reunião ministerial na semana passada, Lula demonstrou preocupação com a pauta. Ele disse que chamaria os ministros para conversar para saber se os partidos deles continuariam apoiando o governo.
“Se os Republicanos vão me apoiar ou não, deixa chegar 2026”, afirmou Lula.
Conversa com jornalistas
Lula conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.
A entrevista sem tema previamente anunciado marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula.
Na primeira metade do mandato, o presidente chegou a se reunir com jornalistas do Brasil e de outros países em “cafés” no Planalto, com outro tipo de organização e, em geral, uma pergunta por veículo de imprensa.
Há duas semanas, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, substituindo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

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