24 de setembro de 2024

Comida do futuro: veja quais são os alimentos nada convencionais que podem ir parar na sua mesa

Cogumelos, plantas comestíveis e insetos são alguns dos produtos que fazem parte do banquete do amanhã, que foi apresentado nesta sexta-feira (12) no Globo Repórter. Alimentos do futuro: veja quais são as comidas que podem ir parar na sua mesa
No século XIX, quando já havia uma preocupação com relação à falta de alimentos no futuro, surgiu a ideia da comida em pílula. Agora, no século XX, a ciência apresenta o que pode ser o banquete do amanhã.
Cogumelos, plantas comestíveis e insetos são alguns dos alimentos do futuro, que foram apresentados no Globo Repórter nesta sexta-feira (12). Veja mais abaixo.
Para isso, o programa ouviu um time de especialistas, cada um dedicado à pesquisa de uma área relacionada à alimentação.
“O que a gente está vendo agora é uma tendência totalmente diferente em relação ao comprimidinho. Tem uma pequena de sustentabilidade, traz a proteína e os alimentos em quantidade e em qualidade que as pessoas precisam”, diz Germano Glufke Reis, coordenador do laboratório de cadeias alimentares sustentáveis.
🍄Fungos comestíveis
Fungos comestíveis: veja a aposta da ciência em comidas feitas a partir de cogumelos
Uma das apostas da ciência não é nem proteína animal, nem vegetal, mas em outro reino da natureza: os fungos. Em todo o planeta existem mais de 40 mil espécies de cogumelos e apenas 10% são comestíveis.
Cogumelos são benéficos para o sistema imunológico, retardam o envelhecimento celular e têm mais proteínas do que o trigo ou o arroz.
“É um ótimo substituto para carne, frango”, diz a líder de produção, Luziane Rocha.
Fungos comestíveis: veja a aposta da ciência em comidas feitas a partir de cogumelos
Reprodução/TV Globo
O estado de São Paulo é o maior produtor de cogumelos. Rogério Tadeu coordena a produção em uma fazenda de cogumelos shimeji. Ele destaca o diferencial de um ambiente controlado:
“A gente consegue produzir shimeji e produzir cogumelo o ano todo”, afirma.
🌼🌺Plantas alimentícias não convencionais
Pancs: veja alimentos produzidos com flores alimentícias não convencionais
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná estudam o uso das ‘pancs’, que são plantas alimentícias não convencionais para a produção de alimentos.
“É um nome novo para uma cultura antiga, que a gente chama de plantas tradicionais […] elas nutrem a gente e também tem propriedades farmacêuticas na sua alimentação”, diz a engenheira florestal da UFPR, Rosimeiry Gaspar.
Pancs: veja alimentos produzidos com flores alimentícias não convencionais
Reprodução/TV Globo
Crepioca com flores e coração de banana, pão de erva-mate e geleia de flor de hibisco são algumas das possiblidades culinárias desenvolvidas com as “pancs” (veja no vídeo acima).
“De acordo com estudos, no Brasil, a gente tem mais de 10 mil espécies comestíveis, e no mundo mais de 50 mil. E mais de 40% da nossa ingestão diária vem de apenas três espécies: milho, arroz e trigo” , comenta Rosi.
Crepioca com flores
Reprodução/TV Globo
🪲🪳Vai um inseto aí?
Alimentos produzidos com insetos que podem ser alternativa a proteínas tradicionais
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná também estudam o uso de insetos para receitas de crepioca, caponata, pães, bolos, geleias, farinhas e outros (veja no vídeo acima).
Segundo a bióloga e professora no curso técnico em Alimentos no IFPR, Fabíola Dorneles os insetos são uma excelente alternativa de proteína animal.
“Quase 70% de proteína em comparação com o boi que é 20%, suínos e aves. Eu vou vender o peixe geral: eles têm todas as vitaminas, do complexo B”, destaca.
Alimentos produzidos com insetos que podem ser alternativa a proteínas tradicionais
Reprodução/TV Globo
A venda comercial desses produtos ainda aguarda a aprovação da Anvisa, mas já existem até cervejas de barata, como a “Cerveja Barata”.
“A barata é a rainha da proteína, passando dos 70%. É a campeã”, diz Fabíola.
Cerveja de barata
Reprodução/TV Globo
🥩❌Parece carne, mas não é
Veja como é feita a carne de laboratório que serve de alternativa para o frango
Startups, como a que o Paulo Ibri está envolvido, investem na biotecnologia para a produção de alimentos, a partir de plantas, animais e microorganizamos.
Um exemplo é o micélio, fios emaranhados de fungos que passam por um processo de fermentação. Essa tecnologia permitiu, inclusive, a criação de alimento que tem se apresentado como um ótimo substituto para o frango.
Veja como é feita a carne de laboratório que serve de alternativa para o frango
Reprodução/TV Globo
Além da fermentação, destacam-se inovações como o cultivo de carne por reprodução celular de animais vivos e a tecnologia 3D, que imprime células reais.
“E nós temos o que já é mais popular no Brasil: as carnes de proteínas vegetais, que a gente já vê até no supermercado feitos à base de soja ou de ervilha”, destaca o especialista em inovação alimentar.
Veja como é feita a carne de laboratório que serve de alternativa para o frango
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 12/04/2024
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