31 de janeiro de 2025

Mapas mostram áreas que serão desocupadas durante implosão da ponte entre TO e MA; veja locais


Demolição de partes remanescentes da ponte acontecerá na tarde de domingo (2). Imóveis que ficam próximos ao rio serão evacuados no Tocantins e Maranhão. Mapas mostram áreas que serão desocupadas durante implosão de ponte
A implosão de trechos da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira que ficaram em pé, após o desabamento do vão, será neste domingo (2). Durante a ação, pelo menos 50 imóveis serão desocupados em Aguiarnópolis. Dois mapas mostram a área que será evacuada, em cada lado do rio Tocantins. Prefeitura e Defesa Civil têm passado pelas casas para orientar a população.
“Nós estamos já organizando um local onde vai ser disponibilizado um ginásio de esporte, fica aqui próximo aqui do local, mas já está dentro da área de segurança. Trinta minutos após, ou seja, às 14h30 já vai estar disponível para as pessoas retornarem para as suas casas”, informou o Secretario de Defesa Civil de Aguiarnópolis, Cleder Jacome.
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A implosão está marcada para as 14h de domingo. Em Aguiarnópolis, o município comunicou que evacuação deve ser feita uma hora antes da demolição da ponte, para os moradores da rua JK e João Aguiar. Eles contarão com um a ônibus para ajudar no deslocamento.
Já no lado do Maranhão, mais de 150 casas devem ser esvaziadas. Nos dois mapas feitos pela empresa que vai reconstruir a ponte os locais de desocupação são sinalizados em vermelho.
Mapa mostra área s que serão desocupadas durante demolição da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira
Reprodução/TV Anhanguera
Toda a estrutura já foi perfurada para receber os explosivos. A operação será feita por meio da técnica que utiliza calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados em pequenos furos posicionados nas colunas da ponte que ainda estão de pé, conforme informado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Para facilitar o acesso das máquinas que vão remover os escombros o solo abaixo da estrutura passou por terraplanagem. Na água ainda estão os três caminhões que carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. Três pessoas continuam desaparecidas, por isso a intenção é que nada caia no rio para não atrapalhar as buscas, segundo o Tenente do Corpo de Bombeiros, Antonio Marcos Sousa.
“As atividades não se encerraram, elas estão apenas suspensas e está sendo realizado buscas em superfície. A equipe da Marinha ainda permanece no local, assim também como a equipe do corpo de bombeiros do estado do Tocantins e do Maranhão. Estamos fazendo ainda esse trabalho”, explicou.
Furos feitos em colunas da Ponte JK, entre TO e MA, que será demolida no domingo (2)
Reprodução/TV Anhanguera
Segundo o Ibama, a remoção completa dos materiais que caíram no rio não deve ser feita antes de abril. O Instituto ainda informou que o volume do rio está acima da média devido o período chuvoso e que a operação de retirada é arriscada e sem segurança nestas condições.
A promessa é que a nova ponte seja entregue até o dia 22 de dezembro deste ano, quando o acidente completa um ano.
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Rotas alternativas e proibições em cidades
Axixá do Tocantins e Tocantinópolis viraram rota alternativa para os caminhoneiros após a queda da ponte. Nesta semana, os dois municípios publicaram decretos que proíbem a passagem de veículos pesados em trechos das cidades. As prefeituras alegam problemas nas ruas que não foram projetadas para receber tanto peso.
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Desde as restrições, várias ocorrências de congestionamento têm sido registradas ao longo da rodovia TO-201, em Axixá do Tocantins. Nesta quarta-feira (29), um vídeo publicado nas redes sociais mostrou uma fila quilométrica de carros, ônibus e carretas aguardando passagem pelo trecho. Veja abaixo:
Vídeo mostra fila de veículos pesados parados na TO-201
Desabamento
O acidente aconteceu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda será investigada, de acordo com o órgão.
A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas. Pela estrutura passavam cerca de 2,1 mil veículos por dia. De acordo com o Governo do Estado, nessa época do ano o fluxo do posto fiscal em Aguiarnópolis. Sem poder contar com a ponte, os motoristas agora precisam desviar por rotas alternativas que aumentam o percurso em quase 200 quilômetros.
O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao g1, ele contou que estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias da ponte.
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