1 de fevereiro de 2025

Câmara de Mossoró anuncia redução de cargos comissionados e suspensão de passagens aéreas e combustível por conta de dívidas


Dívidas são de atrasos de salários, impostos, aluguel, contas de luz e água e outros pontos, segundo o presidente da Casa Legislativa, totalizando cerca de R$ 4,5 milhões. Coletiva desta sexta da Câmara
Reproduação/Inter TV Cabugi
A presidência da Câmara Municipal de Mossoró anunciou nesta sexta-feira (31) que vai reduzir o número de servidores comissionados e terceirizados e suspender o pagamento de passagens aéreas e combustível por conta de dívidas.
De acordo com o presidente da Câmara, o vereador Genilson Alves (União Brasil), a dívida neste mês de janeiro chegou a mais de R$ 4,5 milhões.
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Outras medidas tomadas foram a diminuição de funções gratificadas e a revisão dos contratos da Câmara.
Os cortes, segundo o presidente da Câmara, fazem parte de um plano de recuperação financeira. A projeção é que as dívidas sejam quitadas até junho deste ano.
Segundo o presidente, as dívidas são provenientes de:
impostos não pagos;
salários atrasados de vereadores e assessores;
férias de servidores efetivos referentes aos meses de novembro e dezembro;
aluguel;
contas de água e luz;
dívidas com o INSS e Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró;
juros e multas.
Segundo a presidência da Casa, cerca de R$ 1,5 milhão em dívidas foi pago recentemente e reduziu o prejuízo. Outro ponto que colaborou para conter as desepsas, explicou o parlamentar, foi o o recesso da Casa entre dezembro e janeiro.
O presidente Genilson Alves, que assumiu a função em 2025, atribuiu a dívida ao gestor anterior, Lawrence Amorim (PSDB), que foi o presidente da casa entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024.
“Nós sentamos algumas vezes com o ex-gestor e sugerimos por parte dele a contenção de despesas, para que até o fim do ano houvesse o equilíbrio financeiro. E medidas não foram tomadas”, disse Genilson em coletiva nesta sexta-feira (31).
Em nota, Lawrence disse que durante a gestão dele, o Poder Legislativo sofreu corte de R$ 22 milhões no orçamento, devido a repasses insuficientes da prefeitura. O ex-presidente disse ainda que houve uma devolução de R$ 8 milhões, em 2024, para prefeitura, o que teria desorganizado as finanças da Casa.
Lawrence afirmou que, apesar de medidas como cortes de cargos e redução de custos, a crise impediu o cumprimento de compromissos.
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