1 de fevereiro de 2025

Benjamin Netanyahu viaja aos EUA neste domingo para se encontrar com Donald Trump


Será a primeira visita internacional do segundo mandato do norte-americano. Encontro ocorre em meio ao cessar-fogo entre Israel e Hamas, negociado por Estados Unidos, Catar e Egito. O presidente dos EUA, Donald Trump, cumprimenta o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca
Reuters/Kevin Lamarque
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, viajará neste domingo (2) para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esta será a primeira visita internacional do segundo mandato do norte-americano.
O encontro ocorre em meio ao cessar-fogo entre Israel e Hamas, que entrou em vigor no dia 19. O acordo pode pôr fim definitivo à guerra após mais de seis meses de negociações mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.
Um dos debates mais polêmicos do acordo é sobre quem governará Gaza após a guerra. Israel rejeitou qualquer envolvimento do Hamas, que governava Gaza antes da guerra, e também se opôs ao governo da Autoridade Palestina.
Na semana passada, Trump sugeriu que os moradores da Faixa de Gaza deixassem a região para que seja feita uma “limpeza” e defendeu que Egito e Jordânia recebam os palestinos.
As declarações de Trump levantaram preocupações sobre uma saída em massa de palestinos da Faixa de Gaza, o que poderia resultar no “apagamento” do grupo na região e enfraquecer a proposta de criação do Estado da Palestina.
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Neste sábado (1º), ministros das Relações Exteriores de países árabes rejeitaram a transferência de palestinos sob quaisquer circunstâncias.
Em declaração conjunta, autoridades de Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Autoridade Palestina e Liga Árabe disseram que uma transferência ameaçaria a estabilidade da região, espalharia conflitos e prejudicaria as perspectivas de paz.
“Afirmamos nossa rejeição a (qualquer tentativa de) comprometer os direitos inalienáveis dos palestinos, seja por meio de atividades de assentamento, despejos ou anexação de terras ou por meio da desocupação das terras de seus proprietários… de qualquer forma ou sob quaisquer circunstâncias ou justificativas”, diz a declaração conjunta.
Na quarta-feira, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi rejeitou a ideia de facilitar o deslocamento dos moradores de Gaza, e disse que os egípcios sairiam às ruas para expressar sua desaprovação.
Na quinta, Trump reiterou sua ideia, dizendo: “Fazemos muito por eles, e eles vão fazer isso”, em referência à ajuda dos EUA, incluindo assistência militar, tanto ao Egito quanto à Jordânia.
Neste sábado, al-Sisi e Trump conversaram por telefone e concordaram sobre a necessidade de consolidar o acordo e continuar a implementar a primeira e segunda fases do cessar-fogo. Ambos concordaram sobre a importância da coordenação e cooperação contínuas entre os dois países.
Sisi convidou Trump a visitar o Egito o mais rápido possível para discutir problemas no Oriente Médio. Os dois presidentes também discutiram a necessidade de fortalecer seus laços econômicos e de investimento.

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