3 de fevereiro de 2025

Agência da ONU volta a atender migrantes venezuelanos em Roraima


Organização Internacional para as Migrações (OIM) voltou a atender migrantes no Posto de Triagem e no Posto de Recepção e Apoio nesta segunda-feira (3), em Boa Vista. Trabalho ficou suspenso por uma semana após cortes de verbas do presidente dos EUA, Donald Trump Posto de Recepção e Apoio (PRA) onde migrantes venezuelanos são atendidos em Boa Vista
Caíque Rodrigues/g1 RR
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), voltou a atender migrantes venezuelanos nesta segunda-feira (3) em Boa Vista depois de uma semana sem oferecer os serviços. A organização havia deixado de atuar após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cortar fundos para ajuda humanitária.
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O retorno dos trabalhos da OIM ocorre no Posto de Triagem (PTrig) e no Posto de Recepção e Apoio (PRA). Em comunicado ao governo brasileiro, a organização disse que conseguiu recursos em substituição aos dos EUA para voltar a atuar em apoio à operação Acolhida, força-tarefa do governo federal que atende migrantes que chegam no país por Roraima.
“Temos a satisfação de informá-los que a Organização Internacional para as Migrações (OIM) conseguiu, durante esta semana, mobilizar novos recursos para garantir nosso apoio nos três eixos da Operação Acolhida: Ordenamento da Fronteira, Acolhimento e Interiorização”, diz trecho do documento.
Semana passada, a OIM suspendeu o trabalho para migrantes porque o governo Trump suspendeu por 90 dias os repasses de fundos americanos para ajuda humanitária fora do país. A agência recebia apoio financeiro do Bureau de População de Refugiados e Migração (PRM) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
O g1 esteve no PTrig e no PRA e confirmou a presença da organização nos dois locais. Militares da Operação Acolhida que faziam triagem no PRA e funcionários da empresa Pegasus, que atuam na frente do PTrig, informaram que a agência voltou a atender os migrantes.
Entre os serviços realizadas para os migrantes venezuelanos em Roraima, a OIM atuava com orientação e escuta especializada para pessoas em situação de vulnerabilidade e o encaminhamento para serviços essenciais, como saúde, assistência social e apoio a direitos trabalhistas, com foco em exploração laboral e violência de gênero. Além disso, era realizado apoio na emissão de documentação.
A reportagem procurou a organização para saber se todos os serviços voltaram a ser oferecidos e aguarda resposta.
Os cortes de Trump também impactaram os serviço da Cáritas Brasileira. Instalações sanitárias da organização que ofereciam serviços gratuitos no estado a migrantes foram fechadas por tempo indeterminado no último dia 27. Com isso, várias pessoas em situação de vulnerabilidade estão há uma semana sem ter como tomar banho, usar o banheiro, escovar os dentes e até beber água potável – o espaços seguem fechados na essa segunda.
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