Diretora, pais e alunos da Escola Estadual Carlos Gomes apontam vantagens na restrição, mas apontam importância do uso dos celulares fora das atividades pedagógicas. Escolas estaduais iniciam ano letivo com restrição a celulares na região de Campinas
O ano letivo da rede pública estadual começou nesta segunda-feira (3) com medidas para controlar o uso de celulares, após lei federal restringir o uso dos aparelhos na educação básica. Em Campinas (SP), uma escola adotou o uso de caixas para armazenar os equipamentos durante as atividades.
Segundo Nivaldo Vicente, diretor regional de ensino, outras escolas também preparam locais para armazenamento.
“O celular vai ser recolhido na entrada e devolvido na saída, sem responsabilização da escola, porque na verdade é para não trazer o celular”, explica.
A EPTV, afiliada da rede Globo, visitou o Colégio Carlos Gomes e conversou com a diretora, pais e alunos, que apontam vantagens da restrição, mas enxergam como o uso do aparelho pode ser útil em momentos fora das atividades pedagógicas.
“Muitos alunos moram longe. Eu mesmo moro a 40, 60 minutos daqui e geralmente preciso falar com a minha mãe. Isso dá um nervosismo”, conta a estudante Rebeca Melissa Greco.
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Já Mariana Selingard, mãe e maquiadora, acredita que a restrição é necessária e que o uso das telas saiu do controle com crianças e jovens.
“A gente teve uma geração que ficou perdida com isso, e agora eles vão ter que se encontrar novamente, olhando nos olhos um do outro, conversando e entendendo o que é essa vida nova”, afirma.
Escola Estadual de Campinas (SP) em primeiro dia de volta às aulas com restrição do uso de celulares
Reprodução/EPTV
Para a diretora Simone Colomeu, a lei deve alterar a interação no recreio e nos intervalos entre aulas.
“Nós queremos resgatar as brincadeiras de roda, de cantiga, o pular corda e a leitura”, exemplifica.
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