4 de fevereiro de 2025

Com relator escolhido, PF analisa pedido ao STF para desmembrar investigação sobre ‘Rei do Lixo’

STF definiu Nunes Marques como relator. PF queria que Dino assumisse inquérito e, agora, estuda pedir que trechos que não implicam parlamentares sejam enviados à primeira instância. A Polícia Federal está analisando os próximos passos da investigação Overclean, conhecida como o inquérito do “Rei do Lixo”, e que deixa o mundo político arrepiado – porque apura, entre outras coisas, onde foi parar o dinheiro de emendas parlamentares.
O inquérito subiu para o Supremo Tribunal Federal (STF) após indícios do envolvimento de políticos com foro privilegiado. A operação mira desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) – a partir do direcionamento de emendas.
💰 Foi nessa operação, como revelado pelo blog, que um primo do deputado Elmar Nascimento (União-BA) foi flagrado jogando uma sacola com mais de R$ 200 mil pela janela ao ser alvo de buscas. Trata-se do vereador Francisco Nascimento, de Campo Formoso (BA).
Alvo da Operação ‘Overclean’ na Bahia tentou destruir provas
O tema das emendas mobiliza e arrepia políticos em Brasília. E agora, a PF estuda pedir ao relator do caso no Supremo, ministro Nunes Marques, para desmembrar as investigações.
Ou seja: manter no STF apenas os indícios sobre quem tem foro privilegiado, e enviar o restante da investigação à primeira instância.
A estratégia entrou no radar após a PF pedir, e não conseguir, que o inquérito da operação Overclean tivesse como relator o ministro Flávio Dino.
O pedido foi negado pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, com base em um parecer nesse sentido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nos bastidores , ministros do STF dizem que é incomum a PF pedir um relator específico – e que seria ainda mais incomum o STF atender ao pedido ignorando parecer contrário da PGR.
Internamente, a PF avalia que esse pedido de relator foi feito antes de Nunes Marques ser designado. E que a negativa por parte do STF não compromete o andamento das investigações.

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