4 de fevereiro de 2025

Fiat Strada é o carro novo mais vendido em janeiro; veja a lista


Picape é a líder nacional de emplacamentos desde 2021, segundo a Fenabrave. Strada segue na frente, com VW Polo na segunda posição. Fiat Strada segue na liderança do mercado brasileiro
Divulgação | Fiat
Mais uma vez, a Fiat Strada foi o veículo novo mais vendido do Brasil, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro mês de 2025, a picape registrou 8.777 emplacamentos.
Em 2024, foram emplacadas 144.684 unidades da Strada em todo o país.
No mês passado, as posições seguintes são ocupadas por Volkswagen Polo com 5.801 unidades comercializadas, Chevrolet Onix (5.576) e Chevrolet Tracker (5.416).
Veja a lista de mais vendidos de janeiro de 2025:
Fiat Strada: 8.777 unidades;
Volkswagen Polo: 5.801 unidades;
Chevrolet Onix: 5.576 unidades;
Chevrolet Tracker: 5.416 unidades;
Volkswagen T-Cross: 5.312 unidades;
Fiat Argo: 5.173 unidades;
Hyundai Creta: 5.149 unidades;
Nissan Kicks: 4.458 unidades;
Jeep Compass: 4.436 unidades;
Honda HR-V 4.273 unidades.
Comparado a dezembro de 2024, o Hyundai HB20 despencou da quarta para a 14ª posição, com apenas 3.678 unidades vendidas.
Quem surpreendeu foi o Chevrolet Tracker, que foi o SUV mais vendido do mês, emplacando 5.416 unidades. O T-Cross, que foi o líder de vendas em 2024, ficou na 5ª posição no ranking geral e na 2ª posição no segmento.
O Nissan Kicks, que não apareceu entre os 10 mais vendidos em dezembro, ressurgiu e alcançou a 8ª posição.
Encerrando o mês com 159.868 emplacamentos, o total de veículos vendidos foi 6.239 unidades a mais que em janeiro de 2024, um crescimento de 4,25%. Confira o gráfico:

De acordo com o presidente da entidade, Arcelio Junior, o resultado aponta recuperação do mercado automotivo, sobre janeiro do ano passado, apesar da queda registrada em quase todos os segmentos, em relação a dezembro de 2024.
“O mês de janeiro é, historicamente, pior do que dezembro, pois é um período com características singulares e que influenciam o desempenho de emplacamentos, já que, nessa época, o orçamento das famílias é afetado por despesas como IPVA, matrículas e material escolar, além de ser uma época em que muitos consumidores saem em férias e acabam postergando a decisão de compra de veículos. Ainda assim, tivemos um resultado positivo frente a janeiro de 2024”, analisa o Presidente da Fenabrave.
Contudo, em comparação com dezembro, esse número está 34,92% abaixo do que foi comercializado no último mês do ano anterior.
São Paulo liderou com 25,43% das vendas, enquanto Minas Gerais ficou em segundo com 14,85%, seguido por Paraná (6,34%) e Rio Grande do Sul (5,82%).
Em relação à participação das fabricantes, a Fiat cresceu de 20,56% em dezembro para 21,7% em janeiro.
A Jeep teve o maior avanço, de 4,21% para 5,83%, e a Toyota também teve um bom desempenho, aumentando de 6,55% para 6,74%.
Na contramão, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação de mercado, caindo de 16,55% para 13,35%. A Hyundai recuou de 8,24% para 6,17%, e a Chevrolet caiu de 13,33% para 12,41%.
Fiat: 15,82%
Volkswagen: 14,21%;
Chevrolet: 12,92%;
Hyundai: 7,89%;
Jeep: 7,84%
Toyota: 6,35%%;
Honda: 6,00%
BYD: 5,26%;
Renault: 4,74%;
Nissan: 4,69%%;
Liderança da Strada
A Strada lidera o ranking de carros e comerciais leves mais vendidos do país desde 2021, quando ultrapassou o Chevrolet Onix. O hatch da GM foi o mais vendido por seis anos, entre 2015 e 2020.
Em 2024, o Onix terminou em terceiro lugar. Foram 97.508 unidades, bem abaixo do topo da lista.
O vice-líder foi o hatch Volkswagen Polo, que emplacou 140.187 unidades e foi o grande rival da Strada durante todo o ano.
O balanço final de emplacamentos foi divulgado oficialmente nesta quarta-feira (8) pela Fenabrave. Ao todo, foram mais de 2,4 milhões de veículos novos vendidos no ano passado, melhor resultado em cinco anos. (saiba mais abaixo)
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Os emplacamentos em 2024
Em 2024, os brasileiros compraram 2.634.514 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte, e desconsidera implementos rodoviários.
Esse foi o melhor resultado em cinco anos, quando o país registrou 2,7 milhões de veículos zero km. O número também representa uma alta de 14,15% em relação a 2023, quando foram emplacados 2,3 milhões de veículos novos.
Veja abaixo o histórico dos últimos anos.

Segundo o novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, o setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos.
“Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro, sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano”, disse o executivo.
Para os próximos 12 meses, o executivo foi conservador ao renovar as projeções, dizendo que itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor.
“Estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, explicou.
A projeção da Fenabrave é de um crescimento de 5% para 2025, alcançando um total de 2.765.906 veículos vendidos. A redução no crescimento esperado para 2025 está ligada em preocupações com os cenários internacional e nacional.
Segundo a economista Tereza Fernandez, responsável por projetar o cenário macroeconômico da Fenabrave, o governo de Donald Trump como presidente dos EUA é o maior ponto de apreensão.
“Com o cenário internacional mais volátil com a possível elevação dos juros nos Estados Unidos, o crescimento mundial será menor, inclusive o nosso”, comenta Tereza Fernandez.
A economista também aponta as altas taxas alfandegárias previstas para importações dos Estados Unidos como desafio para 2025.
Olhando para o cenário nacional, Tereza acredita que a queda nas vendas prevista para 2025 está vinculada ao crédito mais caro, como consequência da alta nos juros.
“A gente vem de um movimento positivo na venda de carros e comerciais leves. Não espero queda brusca do crédito em 2025, ele vai desacelerar de forma suave”, diz.
“A inadimplência deve continuar baixa e a legislação [Marco Legal de Garantias], que facilitou tomar o bem em caso de não pagamento, podem segurar a baixa prevista das vendas na taxa prevista”, comenta Tereza.
“A alta dos juros deve desacelerar até o final de 2025, o câmbio ficar na casa dos R$ 6 e, com isso, temos um cenário preocupante, mas não de ruptura. A maior preocupação está no cenário fiscal, salvo algum desastre ocorra”, complementa.
*Com informações de André Fogaça.

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