A cadela chamada Maju também foi adotada e vive com o eletromecânico Adair da Silva há cerca de quatro anos. Agora, ela ‘arrumou’ um companheiro para dividir os cuidados do tutor. Filhote de gato é adotado por cadela em Vitória
O eletromecânico Adair Moreira da Silva, de 49 anos, levou um susto quando viu sua cadela Maju entrando na oficina mecânica, em Vitória, carregando um animal na boca. Não demorou muito e o tutor viu que se tratava de um gatinho, que, desde então, vive cercado de cuidados do cão.
📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp
O gatinho foi resgatado na última terça-feira (21). Vídeos gravados pelo Adair mostram a interação entre os dois animais. Mesmo com a diferença de tamanho, Maju é delicada com o filhote, tanto nas brincadeiras como nos momentos de descanso. Inclusive quando o carrega pela boca.
Em um dos vídeos, a cadela late protegendo o gatinho diante de um dos funcionários da oficina que finge que vai pegar o gatinho. A Maju chega a levar o filhote para debaixo de um dos carros do pátio. Em outros flagrantes, ela carrega o animal e brinca com ele no chão.
“Ela saiu para dar o passeiozinho dela, que ela dá todo dia. E, na hora que voltou, vi ela com o animal na boca. Foi no final da manhã. Não deu tempo de pegar o celular para fazer um vídeo, mas eu vi ela entrando na oficina carregando ele. Agora, eles só ficam juntos, ela entra, coloca ele no sofá, tira, leva para comer. Ele também fica andando atrás dela”, contou Adair.
Apesar de saber que a cadela pega coisas na rua, às vezes, o tutor não percebeu de imediato que tratava-se de um gatinho.
“Às vezes, ela pega passarinho, já pegou rato morto. Na hora, eu pensei que fosse um rato. Depois que ela soltou, eu cheguei perto e vi que era um gatinho. […] Ele é muito filhote e muito debilitado. Tô dando uma ração molhadinha, específica. Tenho uns amigos veterinários, nessa hora um ajuda o outro e eles orientaram, passaram uma vitamina também”, disse.
Filhote de gato é adotado por cadela em Vitória
Arquivo pessoal
Segundo o eletromecânico, o filhote é manso, gosta de carinho e ainda não foi batizado. Se depender do Adair, ele fica na oficina.
“Não tem como botar ele para fora, agora é parte da oficina. Mas ele é gato e é livre, vai poder sair e dar os passeios dele se quiser. Mas acho que vai querer ficar aqui”.
Adair contou que a cadela Maju também foi adotada, retirada da rua, após ser abandonada por uma família que mudou do bairro Consolação.
“Vai fazer quatro anos. Toda vez que eu ia abrir a oficina ela vinha no portão, vinha brincar, pedir um carinho. Certo dia não veio, eu estranhei e quando olhei pela grade vi que ela não estava andando, com a parte traseira paralisada”, lembrou Adair.
LEIA TAMBÉM:
‘Estouro’ de lagoa ou rio é natural, mas forçar abertura pode ser crime; entenda fenômeno que atraiu turistas em Guarapari
Areia preta terapêutica, navios naufragados e bolinho de aipim gigante: conheça 10 curiosidades de Guarapari
Filhote de gato é adotado por cadela em Vitória.
Arquivo pessoal
O tutor chegou a levar ela para casa, mas ficou com medo de ser uma doença que pudesse passar para outros cachorros. Pagou e levou para um veterinário, onde a cadela recebeu tratamento. Depois, foi com a Maju para a oficina, devido ao seu tamanho.
“Um belo dia, cheguei na oficina, a Maju levantou, caminhou bem devagarzinho, pegando coragem, e voltou a andar. Hoje, pula, brinca, está castrada, chipada. Ela me escolheu. O animal adotado escolhe a gente, é uma coisa, é legal demais”, declarou.
Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo